Com a ajuda de um oxímetro, a Patrulha Ambiental da Brigada Militar (BM) conseguiu identificar o trecho crítico do Rio dos Sinos que causou nova mortandade de peixes nesta quarta-feira em Novo Hamburgo. O que causa surpresa aos técnicos é que a alta quantidade de matéria orgânica acumulada no local fica em uma área de campo, sem indústrias ou lavouras ao redor.
Até o momento, as hipóteses do que pode ter ocorrido são inconclusivas. Segundo o capitão Rodrigo Gonçalves dos Santos, a chuva do fim de semana poderia ter "lavado" a região industrializada do Rio Paranhana e levado as toxinas até este ponto do rio.
— Essa quantidade de matéria orgânica veio e estacionou nesta área. Amanhã vamos vasculhar o local de uma forma mais específica para determinar os responsáveis — afirmou.
Por volta das 6h30min, foram encontrados os primeiros peixes mortos boiando próximo à Estrada da Integração, no bairro Santo Afonso, em Novo Hamburgo. A Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente abriu uma investigação para apurar as substâncias que podem ter sido despejadas no Rio dos Sinos.
Mais cedo, em entrevista na Rádio Gaúcha, a delegada de Proteção ao Meio Ambiente, Elizangela Melo Reguelin, informou que vai acompanhar de perto o caso:
— Estamos aqui com Fepam, IGP, MP, Brigada Militar, além da estrutura de todos municípios, com equipes para tentar quantificar o volume da mortandade.
(Zero Hora, 02/12/2010)