Cerca de 3.500 peixes de pelo menos 14 espécies de diversos tamanhos foram encontrados mortos na manhã desta quarta-feira no Rio dos Sinos em Novo Hamburgo e Campo Bom. A avaliação preliminar é do biólogo da Secretaria Municipal de Meio Ambiente de Novo Hamburgo, Carlos Normann, que esteve em um dos locais, onde foi constatada a mortandade dos animais. De acordo com Normann, entre as espécies estão cará, lambari, muçum, viola, cascudo, bagre, jundiá, pintado e traíra.
O biólogo salientou que a mortandade registrada na manhã desta quarta-feira difere do fato constatado há mais ou menos 20 dias no Rio dos Sinos. "Naquela ocasião foram encontradas mortas pelo menos quatro espécies de peixes em um total de 2 mil animais. Desta vez já são 14 espécies com quase 3.500 peixes", avaliou.
Norman destacou ainda que até espécies como muçum e viola que são mais resistentes também foram encontradas na mortandade. "Não é comum encontrá-las arfando à superfície, vulneráveis, como vimos", explicou.
Análise da água - O relatório com o resultado da análise que está sendo feita pelo Instituto Geral de Perícias (IGP) no Rio dos Sinos deve ficar pronto dentro de duas semanas. Segundo a titular da Delegacia de Meio Ambiente do Rio Grande do Sul, Elisângela Melo, nenhuma hipótese para a causa da nova mortandade de peixes registrada em Campo Bom e Novo Hamburgo pode ser descartada. No entanto, somente o documento do IGP é que vai poder determinar o que aconteceu nas águas da região.
A bordo de um helicóptero, uma equipe da Patrulha Ambiental da Brigada Militar está fazendo uma vistoria aérea no trecho do Rio dos Sinos em que foi constatada a mortandade. Em terra, um caminhão, carregado de bóias de contenção aguarda a vistoria para definir se seria necessário utilizar os equipamentos. Estão no helicóptero representantes da Fepam, Prefeitura de Novo Hamburgo e Ministério Público.
(Jornal VS, 02/12/2010)