A Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente abriu uma investigação para apurar as substâncias que podem ter sido despejadas no Rio dos Sinos e provocado nova mortandade de peixes em Novo Hamburgo. Uma espuma branca foi o primeiro sinal encontrado na área. A prefeitura já coletou exemplares dos peixes e amostras da água contaminada.
Por volta das 6h30min, foram encontrados os primeiros peixes mortos boiando próximo à Estrada da Integração, no bairro Santo Afonso, em Novo Hamburgo. O morador Valdomiro Rodrigues dos Santos observou a cena próximo a estação de captação de água da Comusa.
Fiscais da prefeitura, técnicos da Fundação Estadual de Proteção Ambiental e o Comando Ambiental da Brigada Militar (BM) foram até o local. Segundo fiscais da secretaria do Meio Ambiente, os animais já aparecem agonizando na prainha, o que dá uma pista de que a contaminação possa ter acontecido em um ponto mais alto do rio.
Cardumes também foram encontrados por pescadores na praia da cidade de Campo Bom. No final da manhã, em uma vistoria nas imediações de Campo Bom, foram encontrados locais onde a medição de oxigênio na água indicou níveis críticos, chegando a 0,8 miligramas, sendo que o normal varia de 3 a 5 miligramas.
O secretário do meio ambiente de Novo Hamburgo, Ubiratan Hack, acredita que uma lavoura de arroz possa ter causado a morte dos peixes. Até o momento não é possível saber o tamanho da mortandade. Técnicos do Instituto Geral de Perícias também foram até a prainha para coletar amostras da água.
No início de novembro, cerca de 10 mil peixes podem ter morrido por causa de produtos químicos no trecho entre Novo Hamburgo e São Leopoldo.
Despejo pode ter acontecido nas proximidades do Arroio Luiz Rau, em Novo Hamburgo - Miro de Souza
(Por Edgar Maciel, Rádio Gaúcha, 01/12/2010)