A Prefeitura de Tatuí, através da Secretaria Municipal do Meio Ambiente, em parceria com a empresa Poiato Recicla, planeja instalar caixas coletoras de bitucas de cigarro em vários pontos da cidade.
A empresa Poiato Recicla, instalada na cidade de Votorantim, desenvolve um projeto que visa coletar e destinar de maneira correta as bitucas de cigarro, que causam graves problemas ambientais quando jogados no chão ou até mesmo no lixo comum. Pesquisas apontam que 28% do lixo de mão descartado indiscriminadamente nas ruas é bituca. Ao contrário de papéis, latas e plásticos, que muita gente já tem consciência de que não podem ser largados em qualquer local, os resquícios do cigarro são, comumente, jogados pelos vidros dos carros, nas guias e calçadas.
Cada bituca de cigarro pode levar até dois anos para se decompor no meio ambiente e, cada 20 delas acabam por gerar um litro de esgoto. Anualmente, são produzidos 140 bilhões de cigarros no Brasil, que são consumidos por 28% da população. As bitucas são materiais leves, que as pessoas jogam em todo lugar e que quando molhadas, estufam e acabam entupindo bocas de lobo e redes de esgoto, da mesma forma que as sacolas plásticas. Sem contar que os peixes e pássaros acabam se alimentando delas ao pensarem que é comida.
As caixas coletoras que serão produzidas de tamanhos e formatos diferenciados, a partir da necessidade e anseios das empresas parceiras, conterão mensagens educativas e serão mantidas com recursos conseguidos a partir da destinação de seu espaço para publicidade. Por isso, os custos para os cofres públicos do município, neste momento, serão relativos apenas à colocação de material de propaganda institucional.
A princípio serão instaladas 70 caixas coletoras, espalhadas por todo município, para que os fumantes possam descartar os resquícios dos cigarros, aumentando gradativamente esse número até atingirmos 100 coletores.
A Poiato Recicla ficará responsável pela coleta do material acumulado nas caixas. Esse material será encaminhado à fábrica da Conspizza Soluções Ambientais, em Urberlândia, Minas Gerais, que passará a produzir, pela primeira vez no país, um subproduto com o acetato de celulose, do qual as bitucas são feitas. Esse composto será aplicado em áreas verdes que precisam ser recuperadas, e será formado por 40% do material da bituca, 40% de composto orgânico e 20% de composto vegetal. Todo esse processo é inédito no Brasil.
Os custos operacionais serão financiados por patrocinadores que queiram apoiar o projeto. Mais informações no Departamento de Planejamento Ambiental de Tatuí, pelos telefones: (15) 3251-3250, 3251-3250, 3259-2731, ou 3259-2731.
(ITU, 30/11/2010)