(29214)
(13458)
(12648)
(10503)
(9080)
(5981)
(5047)
(4348)
(4172)
(3326)
(3249)
(2790)
(2388)
(2365)
emissões de gases-estufa
2010-11-30 | Tatianaf

Para limitar o aumento das temperaturas em 2°C até 2050, a redução das emissões nos países em desenvolvimento é mais determinante do que o corte em países industrializados, afirmou a Agência de Avaliação Ambiental da Holanda, na Conferência do Clima, em Cancún, México.

Além disso, estudos da Agência indicam que reduções a longo prazo são mais custosas, tanto monetariamente quanto em impactos gerados. O gasto em 2050 seria praticamente o dobro do feito em 2020.

A meta global para 2050 é redução de 50% das emissões sobre 1990, sendo que os países em desenvolvimento teriam que cortar de 30% a 40% sobre 2005, os países desenvolvidos da UE, de 60 a 90% em comparação com 1990, e EUA, de 80% a 95%.

Alterações nas reduções dos países pobres podem fazer com que as reduções globais fiquem em 35% ou 70%, mas a variação de 80% ou 95% dos desenvolvidos não faria tanta diferença no resultado total.

Para isto, os países desenvolvidos teriam que cortar suas emissões, mas a China deveria reduzir suas emissões em 50% comparadas com 2005, enquanto a Índia poderia continuar em crescimento até seu pico de emissão.

O estudo prevê um pico nas emissões chinesas de 2020 a 2025 com lançamento de mais de 12 bilhões de CO2 equivalente por ano. Depois disso, suas emissões teriam que reduzir de 55% a 65% até 2050. Já a Índia, após chegar ao auge de 2030 a 2035, teria que cortar de 60% a 95% sobre os níveis de 2005.

Acordo de Copenhague
As promessas de redução de emissão dos gases do efeito estufa apresentadas pelos países desenvolvidos no Acordo de Copenhague chega a 18% a menos do que as emissões de 1990, mas o necessário seria de 25% a 40%. A meta dos em desenvolvimento fica entre 8 a 10% do que era previsto, quando teria que haver um corte de 15 a 30%.

Brasil (-36%/-39%), África do Sul (-34%), Coreia do Sul (-30%) e Indonésia (-26) prometem reduções consideráveis, mas China e Índia ficam entre 0 e 6% ou 0 e 3%, respectivamente, em cima do que lançariam em 2020.

Isso significa que na melhor das hipóteses, com todos os países atingido o máximo de suas metas, estaríamos ainda a 2 bilhões de toneladas de CO2 equivalente do limite máximo para o aquecimento de 2°C. Se o acordo não for cumprido e as emissões continuarem na mesma toada de agora, seriam 10 bilhões de toneladas a mais.

A solução proposta pelo analista climático da Agência, Michel den Elzen, é que China e Índia adotem planos nacionais de redução de emissões, que as emissões por desmatamento sejam reduzidas em 50% até 2020, que regras para impedir o aumento do uso de terras de florestas sejam adotadas, que metas para aviação e marinha internacional sejam impostas e ainda a necessidade de um adicional de redução para os países desenvolvidos em 25%.

Mas mesmos as metas sofrem riscos de não serem cumpridas. As dos países mais pobres, por exemplo, dependem de financiamento internacional e podem ocorrer menores reduções devido à falta de precisão de quanto é emitido pelo desmatamento e também por estipular que o crescimento seria maior do que será (a China atrela seus cortes ao PBI, afirma que irá diminuir a quantidade de gases emitidos por dólar gerado em sua economia).

Entre os países desenvolvidos, as incertezas são quanto a projetos contados duas vezes, mau uso da terra e os créditos de países do Leste Europeu e Rússia que são contados para equilibrar as contas do bloco como um todo e que podem não estar mais disponíveis no futuro.

Assim, os EUA teriam que finaciar ações de desmatamento em outros países para compensar o que deveriam cortar e não irão e os países em desenvolvimento precisariam de financiamento para atingir a redução necessária para que as temperaturas não passassem dos 2°C.

Custos
Os custos para se chegar às promessas seriam proporcionalmente os mesmos para países ricos e pobres, sendo que Rússia, Ucrânia, China e Índia teriam os menores gastos.

Para a menor expectativa seriam gastos 0,1% do PIB em 2020 e para o melhor dos cenários seriam 0,2% do PIB. Para o Brasil, como as metas são altas, os custos seriam de 0,3% a 0,4% do PIB em 2020.

Além disso, o analista prevê que adiar o cumprimento das metas, atingido o mesmo patamar em 2050, elevaria os custos e os riscos climáticos. Isso exigira cortes de mais de 4% o ano no período de 2020 a 2050 para se chegar a reduções de 40% a 45% sobre 1990. O total global de custos com a redução das emissões está projetado para U$ 60 a U$ 100 bilhões.

(UOL, 30/11/2010)


desmatamento da amazônia (2116) emissões de gases-estufa (1872) emissões de co2 (1815) impactos mudança climática (1528) chuvas e inundações (1498) biocombustíveis (1416) direitos indígenas (1373) amazônia (1365) terras indígenas (1245) código florestal (1033) transgênicos (911) petrobras (908) desmatamento (906) cop/unfccc (891) etanol (891) hidrelétrica de belo monte (884) sustentabilidade (863) plano climático (836) mst (801) indústria do cigarro (752) extinção de espécies (740) hidrelétricas do rio madeira (727) celulose e papel (725) seca e estiagem (724) vazamento de petróleo (684) raposa serra do sol (683) gestão dos recursos hídricos (678) aracruz/vcp/fibria (678) silvicultura (675) impactos de hidrelétricas (673) gestão de resíduos (673) contaminação com agrotóxicos (627) educação e sustentabilidade (594) abastecimento de água (593) geração de energia (567) cvrd (563) tratamento de esgoto (561) passivos da mineração (555) política ambiental brasil (552) assentamentos reforma agrária (552) trabalho escravo (549) mata atlântica (537) biodiesel (527) conservação da biodiversidade (525) dengue (513) reservas brasileiras de petróleo (512) regularização fundiária (511) rio dos sinos (487) PAC (487) política ambiental dos eua (475) influenza gripe (472) incêndios florestais (471) plano diretor de porto alegre (466) conflito fundiário (452) cana-de-açúcar (451) agricultura familiar (447) transposição do são francisco (445) mercado de carbono (441) amianto (440) projeto orla do guaíba (436) sustentabilidade e capitalismo (429) eucalipto no pampa (427) emissões veiculares (422) zoneamento silvicultura (419) crueldade com animais (415) protocolo de kyoto (412) saúde pública (410) fontes alternativas (406) terremotos (406) agrotóxicos (398) demarcação de terras (394) segurança alimentar (388) exploração de petróleo (388) pesca industrial (388) danos ambientais (381) adaptação à mudança climática (379) passivos dos biocombustíveis (378) sacolas e embalagens plásticas (368) passivos de hidrelétricas (359) eucalipto (359)
- AmbienteJá desde 2001 -