Pelo menos 21 mil pessoas morreram nos primeiros nove meses deste ano devido a desastres climáticos no mundo, o que representa mais do que o dobro do que em 2009, disse a organização humanitária britânica Oxfam na segunda-feira.
O relatório [More than ever: climate talks that work for those that need them most], lançado no dia em que começa a conferência climática da ONU em Cancún, cita inundações no Paquistão, incêndios e ondas de calor na Rússia e elevação do nível dos mares em Tuvalu (Oceania) como exemplos das consequências funestas da mudança climática.
Não há expectativa de que a conferência de Cancún resulte em um novo tratado climático de cumprimento obrigatório para todos os países. O mais provável é que haja avanços em questões como a liberação de verbas para a mitigação à mudança climática, e que seja formalizada a meta, adotada na conferência de Copenhague-2009, de limitar o aquecimento global a 2 graus Celsius acima dos níveis pré-industriais.
A Oxfam disse que os dados divulgados mostram que é urgente uma ação rápida. “Os países devem identificar novas formas de arrecadar bilhões de dólares necessários, como impondo tarifas sobre as emissões não-reguladas da aviação e da navegação internacionais, e aceitando uma Taxa de Transações Financeiras sobre os bancos”, disse Tim Gore, autor do relatório, em nota.
O relatório completo está disponível (em inglês) e versões também em espanhol e francês. Para acessar o relatório “More than ever: climate talks that work for those that need them most””, no formato PDF e com 940 Kb., clique aqui
(Agência Reuters, UOL Notícias, EcoDebate, 30/11/2010)