A Prefeitura de Novo Hamburgo e a Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam) apresentaram os resultados das vistorias no Rio dos Sinos, após a morte de peixes encontrados no último dia 10. O anúncio foi ontem na sede do Executivo.
Conforme a Prefeitura e a Fepam, não há como precisar a causa. "Existem diversos agentes que podem ter causado este acidente e estamos atentos a todos. Não é possível determinar com certeza", afirmou o secretário do Meio Ambiente de Novo Hamburgo, Ubiratan Hack. Segundo o químico da Fepam, Luis Fernando Guaragni, a coleta no dia seguinte à morte pode ter prejudicado a análise.
O CASO
No dia 10 de novembro, dois mil peixes mortos foram vistos no Rio dos Sinos
Os órgãos ambientais constataram que a mortandade começou na foz do Arroio Luiz Rau, perto do limite entre Novo Hamburgo e São Leopoldo 45 empresas de diversos ramos foram visitadas pela Prefeitura de Novo Hamburgo. Destas, sete foram autuadas e quatro interditadas
Todas se mostraram interessadas em funcionar dentro da lei e voltaram a funcionar normalmente, com exceção de uma que ainda não entrou em contato com a Prefeitura.
Conforme o secretário do Meio Ambiente de Novo Hamburgo, Ubiratan Hack, esta não tem licença para operação
Os peixes podem ter morrido por intoxicação, mas não há como afirmar a causa da mortandade
HIPÓTESES
Fepam e Prefeitura descartaram a falta de oxigenação na água, pois os peixes não estavam agonizando, mas já foram encontrados mortos com hemorragia interna, características que descartam a possibilidade
Também se trabalha a hipótese de alguém ou alguma indústria ter largado algum produto tóxico que atingiu um cardume de peixes, mas que depois foi se dissolvendo na água, perdendo o poder letal e não atingindo os demais
As amostras de água coletadas no dia seguinte apontaram índices elevados de zinco cobre, chumbo, cromo, níquel e cianeto. A prefeitura acredita que isso pode ter contribuído para as mortes
Não há como precisar a origem das substâncias tóxicas e nem o que especificamente causou as mortes, pois as amostras foram coletadas horas após o ocorrido, sendo que a substância já estava diluída e os peixes em decomposição
Há pouca probabilidade de as mortes terem ligação com o estado do Arroio Luiz Rau, que estava com coloração azul no dia 8 de novembro
(Jornal VS, 26/11/2010)