A Fibria – empresa resultante da fusão entre a Aracruz e a BCP – prevê realizar investimentos da ordem R$ 1,5 bilhão no ano que vem, informou hoje o presidente da companhia, Carlos Aguiar. Segundo o executivo, a maior parte do montante deverá ser destinada para trabalhos de manutenção das fábricas, mas também haverá aportes em expansão.
Aguiar, no entanto, preferiu não detalhar quais serão os investimentos em aumento da capacidade produtiva. “Ainda não abrimos isso nem para os acionistas”, disse. A Fibria deverá fechar este ano com um total de investimentos de R$ 1,3 bilhão, informou o executivo. A companhia trabalha com a meta de dobrar a capacidade em um prazo de dez anos.
A lista de projetos da Fibria inclui uma segunda linha de celulose em Três Lagoas (MS), tida como prioridade pelo grupo. No próximo ano, a Fibria ainda deverá investir em um novo laboratório para pesquisas em biotecnologia.
Apesar dos planos agressivos da companhia, Aguiar comentou que a grande quantidade de projetos voltados para expansão na oferta de papel e celulose tende a acirrar a concorrência nesse mercado a partir de 2015 ou 2016. “Teremos uma disputa de mercado crítica, que poderá destruir valor”, afirmou o executivo durante congresso promovido na capital paulista pela consultoria Risi.
Neste sentido, Aguiar não descartou, durante entrevista aos jornalistas, uma revisão das metas de crescimento da companhia. “Quando se faz um planejamento estratégico, não se faz isso a ferro e fogo”, afirmou o presidente da Fibria em referência à possibilidade de reavaliação dos novos projetos.
(Por Eduardo Laguna, Valor ONline, 22/11/2010)