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indústria do cigarro
2010-11-22 | Tatianaf

Uma pesquisa do Instituto Datafolha, encomendada pela Aliança de Controle do Tabagismo (ACT) mostra que a maioria da população brasileira acredita que a exposição dos cigarros nos pontos de venda (PDV) tem influência no tabagismo, tanto para crianças e adolescentes, como para os adultos.

Os dados apontaram que 74% dos entrevistados acham que a exposição dos cigarros influencia a iniciação de crianças e adolescentes, enquanto que 66% acreditam que influencia na compra de cigarros por adultos, sendo que 54% dos que responderam eram fumantes.

De forma coerente, a maioria da população, 64%, é favorável à opinião de que "os cigarros devem ficar escondidos da visão do público em geral". Mesmo entre os fumantes, essa posição tem adesão da maior parcela (51%). Os fumantes leves, de até 10 cigarros por dia, são mais favoráveis ao "ocultamento" das marcas de cigarros, enquanto os fumantes pesados discordam: 45%.

Apenas 26% dos entrevistados concordam com a exposição dos cigarros de forma visível nos PDVs, da forma como é feita atualmente.

Foram realizadas 2.544 entrevistas, representativas da população com 16 anos ou mais, de todas as classes econômicas, entre 27 e 31 de julho de 2010, em 160 municípios brasileiros.

Estudos sobre fidelidade à marca mostram que a maioria dos fumantes não costuma trocá-la por outra. Quando o faz, 75% mudam para outra marca do mesmo fabricante. Para a ACT, os investimentos milionários em publicidade parecem não se justificar economicamente, a menos que fossem para atrair novos consumidores, pois o mercado é bastante estável e os fumantes, tanto aqui como em outros países, muito fiel à marca que fuma.

— Os adultos fumantes sabem perfeitamente bem onde comprar suas marcas preferidas, não precisam de letreiros luminosos e atraentes para decidir qual cigarro fumarão. Esses letreiros são para atrair novos consumidores, especialmente os jovens. Esconder os cigarros da visão do público em geral é uma tendência mundial e uma questão de ética — diz Paula Johns, diretora executiva da ACT.

Exemplos no exterior
Manter os produtos derivados de tabaco nos pontos de venda, mas fora do raio de visão, é uma tendência mundial. Afinal, estudos científicos demonstraram que este é o sentido responsável por 83% da percepção humana, sendo que nossos olhos praticamente "escaneam" a 100 km/h as mercadorias e os materiais promocionais num PDV.

Várias províncias e territórios do Canadá, além da Tailândia e da Irlanda, têm legislações nesse sentido. Na Inglaterra, a publicidade em pontos de venda será proibida a partir de 2011 para grandes lojas e, a partir de 2013, para pequenas. Estados australianos como Tasmânia, New South Wales, Australian Capital Territory, Victoria e Western Austrália Islândia também seguem essa legislação. Outras jurisdições dentro da Austrália propuseram o mesmo. A Escócia também discute projeto de lei similar.

A proibição total da publicidade de produtos de tabaco, incluindo em PDVs, é uma das medidas previstas na Convenção Quadro para Controle do Tabaco, tratado internacional do qual o Brasil é signatário. A partir de 2011, prazo legal previsto a partir de sua adesão, o país deve proibir totalmente a publicidade de cigarros sob pena de descumprir os compromissos a que se obrigou internacionalmente.

De acordo com parecer do constitucionalista e Catedrático da Universidade de São Paulo, Professor Doutor Virgilio Afonso da Silva, não há impedimento constitucional para que o Brasil adote a medida. Ao contrário, o país deve adotá-la já que a tanto se obrigou nacionalmente.

(BEM-ESTAR, Zero Hora, 21/11/2010)


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