Autoridades de saúde pública de todo mundo concordaram, no sábado, no encerramento da 4ª Conferência das Partes (Cop 4), ocorrida em Punta del Este, no Uruguai, em recomendar a restrição ou a proibição dos aditivos que conferem sabores artificiais aos cigarros, tornando-os mais atraentes para novos fumantes.
Delegados de 172 países que assinaram o Tratado da Convenção de Controle de Tabaco também concordaram em recomendar para que os produtores de tabaco sejam obrigados a revelar os ingredientes utilizados na produção dos cigarros para as autoridades de saúde.
Entre as várias decisões que seriam tomadas durante o evento, a que mais preocupava os produtores de tabaco estava relacionada aos artigos 9 e 10, que tratavam da proibição do uso de alguns ingredientes na fabricação de cigarros. A medida poderia levar prejuízos aos produtores de Burley.
Essa variedade de tabaco, durante o seu processo de secagem, sofre a perda do seu açúcar natural, sendo necessária a adição no momento da fabricação dos cigarros. A decisão da Cop 4 recomenda a proibição do uso dos aromatizantes, mas mantém a possibilidade da adição de açúcar, necessária para a recomposição do Burley.
Para o vice-presidente da Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra), Heitor Petry, a decisão foi satisfatória e a mobilização dos representantes dos fumicultores foi fundamental para alertar e sensibilizar as autoridades brasileiras, além dos delegados da Conferência.
— Não deixou de ser um processo de pressão, com respeito aos princípios democráticos e autênticos de uma classe trabalhadora.
Petry disse ainda que as entidades ligadas aos produtores de tabaco têm ciência que o combate ao tabagismo é um movimento mundial irreversível.
— Acompanhamos a evolução desse processo para podermos preparar os fumicultores, buscando alternativas de complementação de renda para reduzir o grau de dependência econômica que hoje é, em média, de 68% da renda dos fumicultores sul-brasileiros — ressaltou. fabricação dos cigarros. A decisão da Cop 4 recomenda a proibição do uso dos aromatizantes, mas mantém a possibilidade da adição de açúcar, necessária para a recomposição do Burley.
Para o vice-presidente da Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra), Heitor Petry, a decisão foi satisfatória e a mobilização dos representantes dos fumicultores foi fundamental para alertar e sensibilizar as autoridades brasileiras, além dos delegados da Conferência.
— Não deixou de ser um processo de pressão, com respeito aos princípios democráticos e autênticos de uma classe trabalhadora.
Petry disse ainda que as entidades ligadas aos produtores de tabaco têm ciência que o combate ao tabagismo é um movimento mundial irreversível.
— Acompanhamos a evolução desse processo para podermos preparar os fumicultores, buscando alternativas de complementação de renda para reduzir o grau de dependência econômica que hoje é, em média, de 68% da renda dos fumicultores sul-brasileiros — ressaltou.
(Zero Hora, 21/11/2010)