(29214)
(13458)
(12648)
(10503)
(9080)
(5981)
(5047)
(4348)
(4172)
(3326)
(3249)
(2790)
(2388)
(2365)
alimentos e produtos orgânicos consumo sustentável/consciente
2010-11-17 | Tatianaf

Em um ano, o percentual de moradores de grandes cidades que já ouviu falar de aquecimento global subiu de 68% para 92%, um salto puxado principalmente pelas pessoas de baixa renda. Mas a preocupação com o ambiente não se traduz em ações para mais de 70% da população. Preço é um entrave para a compra de produtos mais “ecológicos” e os brasileiros veem com ceticismo a publicidade das empresas sobre o assunto.

As conclusões fazem parte de um estudo sobre “consumo verde” realizado pela empresa de pesquisas Kantar Worldpanel em 9 mil residências de 16 grandes cidades da América Latina em setembro. No Brasil, o levantamento foi feito em São Paulo e no Rio.

Na comparação com os consumidores dos países vizinhos, paulistas e cariocas mostraram o menor grau de “consciência verde”, segundo um questionário de 17 perguntas envolvendo atitudes como uso do carro, consumo de energia e de alimentos frescos.

Parece contraditório, diante do crescimento expressivo de pessoas com informações sobre o tema? E é. “Ao mesmo tempo em que percebe a importância de um consumo mais sustentável, o brasileiro está tendo acesso a mais bens, muitos compraram o primeiro carro, passaram a ter mais eletrônicos em casa – o que gera consumo maior de energia elétrica e aumenta a produção de lixo”, diz Carlos Cotos, presidente da Kantar no Brasil.

É um paradoxo relacionado ao crescimento acelerado da economia. “Em termos absolutos, ser “green” é consumir de maneira mais simples. Há uma tensão óbvia com o crescimento econômico”, afirma o executivo. Não é a toa que países onde o poder aquisitivo da população é menor, como a Bolívia, tenham apresentado índices mais altos de atitudes sustentáveis. Além disso, para muitos brasileiros a solução de problemas sociais (pobreza, fome e educação) deve ser prioridade em relação às causas ambientais. O índice de consumidores identificados com esse perfil (“sociedade verde”, na definição da pesquisa) é de 27% no Brasil, o maior na América Latina.

Mesmo assim, o avanço da preocupação com o ambiente é patente e o futuro aponta para mais atitudes concretas nessa direção. Em São Paulo e no Rio, 73% dos consumidores responderam “sim” quando perguntados se aceitariam pagar mais por produtos que cuidam do ambiente. Desses, 31% dizem já fazer isso. Outros 33% afirmam que seu orçamento não permite essa escolha e 9% argumentam que não encontram esse tipo de mercadoria no varejo que frequentam.

Diante disso, um dos caminhos que o estudo sugere às empresas é desenvolver versões “ecológicas” também em suas segundas marcas e não apenas nas “premium”.

Além do preço na gôndola, outro ponto requer atenção dos fabricantes de bens de consumo: a eficiência de suas campanhas publicitárias. Boa parte dos consumidores não acredita na imagem sustentável propagandeada pelas empresas, tanto na América Latina (39%), quanto no Brasil (36%). Entre os latino-americanos de forma geral, 35% acham difícil acreditar por não verem o resultado final das ações divulgadas. Apenas 26% confiam nas mensagens transmitidas. “Com a internet e o aumento das fontes de informação, o consumidor está mais crítico”, observa Cotos.

“Tem de haver consistência entre o que a empresa fala e a maneira como age.” Isso significa adotar procedimentos sustentáveis em todas as etapas – desde a produção, passando pela relação com fornecedores, até a embalagem e a distribuição. A cobrança da opinião pública só tende a aumentar. “As empresas vão ser forçadas a ser sustentáveis, senão o consumidor não vai aceitar.”

(EcoDebate, 17/11/2010)


desmatamento da amazônia (2116) emissões de gases-estufa (1872) emissões de co2 (1815) impactos mudança climática (1528) chuvas e inundações (1498) biocombustíveis (1416) direitos indígenas (1373) amazônia (1365) terras indígenas (1245) código florestal (1033) transgênicos (911) petrobras (908) desmatamento (906) cop/unfccc (891) etanol (891) hidrelétrica de belo monte (884) sustentabilidade (863) plano climático (836) mst (801) indústria do cigarro (752) extinção de espécies (740) hidrelétricas do rio madeira (727) celulose e papel (725) seca e estiagem (724) vazamento de petróleo (684) raposa serra do sol (683) gestão dos recursos hídricos (678) aracruz/vcp/fibria (678) silvicultura (675) impactos de hidrelétricas (673) gestão de resíduos (673) contaminação com agrotóxicos (627) educação e sustentabilidade (594) abastecimento de água (593) geração de energia (567) cvrd (563) tratamento de esgoto (561) passivos da mineração (555) política ambiental brasil (552) assentamentos reforma agrária (552) trabalho escravo (549) mata atlântica (537) biodiesel (527) conservação da biodiversidade (525) dengue (513) reservas brasileiras de petróleo (512) regularização fundiária (511) rio dos sinos (487) PAC (487) política ambiental dos eua (475) influenza gripe (472) incêndios florestais (471) plano diretor de porto alegre (466) conflito fundiário (452) cana-de-açúcar (451) agricultura familiar (447) transposição do são francisco (445) mercado de carbono (441) amianto (440) projeto orla do guaíba (436) sustentabilidade e capitalismo (429) eucalipto no pampa (427) emissões veiculares (422) zoneamento silvicultura (419) crueldade com animais (415) protocolo de kyoto (412) saúde pública (410) fontes alternativas (406) terremotos (406) agrotóxicos (398) demarcação de terras (394) segurança alimentar (388) exploração de petróleo (388) pesca industrial (388) danos ambientais (381) adaptação à mudança climática (379) passivos dos biocombustíveis (378) sacolas e embalagens plásticas (368) passivos de hidrelétricas (359) eucalipto (359)
- AmbienteJá desde 2001 -