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mobilidade urbana Tecnologia da Mobilidade
2010-11-17 | Tatianaf

Estudo assinado em conjunto por EPTC, Metroplan e Trensurb faz projeções sobre o crescimento da frota de veículos e aponta uma proposta capaz de fazer frente ao agravamento previsto para as condições do trânsito e do transporte público em 13 municípios da Região Metropolitana que concentram quase um terço da população do Rio Grande do Sul.

Projeções indicam que, em um período de 30 anos, o número de automóveis na Grande Porto Alegre deverá mais do que dobrar. No intervalo entre 2003 e 2033, a quantidade de veículos pode crescer 122% e transformar a organização do trânsito em um dos principais desafios para o desenvolvimento da região. Conforme o Plano Integrado de Transporte e Mobilidade Urbana (PITMurb), estudo para apontar saídas a essa revolução automobilística, um metrô subterrâneo será fundamental para manter as vias desimpedidas.

O levantamento projeta o futuro do trânsito na Capital e em outros 12 municípios que formam uma única zona de urbanização (Novo Hamburgo, São Leopoldo, Sapucaia do Sul, Esteio, Canoas, Gravataí, Viamão, Alvorada, Cachoeirinha, Guaíba, Eldorado do Sul e Nova Santa Rita). Pela primeira vez, o trabalho apresenta um plano de ações para a Grande Porto Alegre com a meta de reorganizar e preparar o trânsito para a invasão de carros.

Uma das principais conclusões do material elaborado por Metroplan, Trensurb e EPTC é de que a construção de um metrô subterrâneo em Porto Alegre é fundamental para a mobilidade de toda a região. A implantação de uma linha em formato circular seria o pilar de um novo sistema que interligaria ainda os trens subterrâneos a novos corredores de ônibus, à linha existente do Trensurb (ampliada até Novo Hamburgo) e a serviços complementares como as lotações da Capital.

Após avaliar custos, capacidade e impactos ambientais, o trabalho propõe um metrô majoritariamente subterrâneo, com uma linha circular de 37,4 quilômetros e média capacidade – o suficiente para transportar de 20 mil a 40 mil passageiros por hora.

Conforme o superintendente de Desenvolvimento e Expansão da Trensurb, Humberto Casper, como a proposta é interligar o metrô a uma rede ampliada de 55 quilômetros de corredores de ônibus na Capital, além de outros 27 quilômetros em municípios vizinhos, não haveria antagonismo em relação a projetos como o Portais da Cidade, defendido pela EPTC.

Prefeitura procura viabilizar o metrô
A tentativa de incluir o projeto do metrô nas obras da Copa 2014 não prosperou, e atualmente Porto Alegre tenta garantir recursos junto à União para iniciar a implantação de uma primeira linha de 12 quilômetros e custo de R$ 2,5 bilhões no eixo Farrapos-Assis Brasil.

— Estamos estudando que modelo o projeto deverá ter para ser sustentável. Mas já está decidido que terá dinheiro da União, da prefeitura e de uma empresa escolhida por licitação — afirma o prefeito de Porto Alegre, José Fortunati, que está no México.

Se as principais recomendações do plano fossem seguidas, resultariam em um custo calculado para o ano-base de 2003 de aproximadamente R$ 7 bilhões. Se esse valor fosse corrigido para hoje apenas com base na inflação do período, chegaria a cerca de R$ 10,5 bilhões.

Em 2033, as ruas terão 722 mil veículos a mais

Até 2033, a Grande Porto Alegre terá a missão de encontrar lugar para 722 mil novos automóveis em ruas já congestionadas. Conforme as estimativas do PITMurb com base em tendências de crescimento da frota de veículos leves e utilitários – desconsiderando caminhões, ônibus e reboques, por exemplo –, Porto Alegre e os 12 municípios mais próximos deverão contar com 1,3 milhão de carros. Em 2003, esse contingente era inferior a 600 mil unidades.

Em comparação, no mesmo período em que a frota deverá se ampliar em 122%, o crescimento da população deverá ficar abaixo de um terço – somando 4,4 milhões de habitantes. O levantamento chama a atenção ainda para o crescimento automotivo vertiginoso que deverá atingir algumas cidades da região.

Embora Porto Alegre deva registrar um dos menores crescimentos percentuais, por ter uma população estabilizada e uma frota já considerável, outros municípios de menor renda per capita como Viamão deverão liderar a expansão sobre quatro rodas.

As vias viamonenses, segundo as projeções, devão aumentar em 269% a quantidade de veículos leves, chegando a 124 mil unidades em 2033. Outros índices expressivos foram verificados em Alvorada e Eldorado do Sul (222%).

O alto volume de tráfego que essa tendência deverá gerar estimula a busca por soluções regionais como a ligação com Porto Alegre por meio de corredores de ônibus – outra medida prevista pelo estudo da EPTC, da Metroplan e da Trensurb.

As prioridades
LINHA CIRCULAR DE METRÔ (METRÔPOA)
O trabalho sugere a adoção de um conjunto de medidas a serem adotadas, de forma integrada, até 2033:
- O que é: implantação de linha de metrô na Capital com 37,4 quilômetros – sendo 26,4 subterrâneos, 9,2 em elevação e 1,8 em superfície.
- Vantagens: é a principal intervenção a ser feita para aliviar as vias engarrafadas e, por sua capacidade e versatilidade, servir como referência para a interligação de vários modos de transporte. Além de transportar mais pessoas do que um corredor de ônibus, tem menos impacto por ser majoritariamente subterrâneo.
- Dificuldades: a maior é o custo. A linha subterrânea envolve valores próximos a US$ 100 milhões por quilômetro. Assim, só os 26 quilômetros previstos sob a terra sairiam por US$ 2,6 bilhões, ou R$ 4,4 bilhões.
CORREDORES DE ÔNIBUS
- O que é: implantação ou ampliação de corredores com faixa exclusiva para ônibus em oito eixos viários da Capital e outros quatro eixos metropolitanos.
- Vantagens: o custo de implantação é mais baixo do que o do metrô – o levantamento estima que a construção da rede sairia por aproximadamente R$ 2 bilhões, com base em valores de 2003.
- Dificuldades: o funcionamento ideal dependeria da implantação de um sistema de bilhetagem eletrônica integrado para todos os municípios da região. Tem uma capacidade de transporte inferior à do metrô, além de ter um impacto maior sobre a cidade ao ocupar faixas de tráfego e gerar poluição.
EXTENSÃO DA LINHA UM DA TRENSURB
- O que é: construção de 9,3 quilômetros a mais no traçado atual do trensurb, que vai de Porto Alegre até São Leopoldo, estendendo os trilhos até Novo Hamburgo. O trecho contará com quatro novas estações.
- Vantagens: a extensão facilita a ligação de um dos mais importantes municípios do Vale do Sinos com a Capital e ajuda a desafogar a BR-116. Além disso, o projeto prevê a integração da linha atual do trensurb com o futuro metrô da Capital, o que facilitaria ainda mais o deslocamento.
- Dificuldades: em princípio, não encontra obstáculos. A obra já está em andamento, e o novo trecho deverá entrar em operação em 2012, conforme previsão da Trensurb.
MELHORIAS VIÁRIAS
- O que é: um conjunto de melhorias, duplicações ou prolongamento de vias. Em Porto Alegre, são sugeridas intervenções em um conjunto de 93 quilômetros de ruas e avenidas, como Assis Brasil, Protásio Alves, Manoel Elias e Wenceslau Escobar. Na Grande Porto Alegre, em outros 49 quilômetros.
- Vantagens: as intervenções podem ser feitas em parte, conforme a disponibilidade de recursos, com capacidade de facilitar a circulação de ônibus e veículos de passeio.
- Dificuldades: embora não existam cálculos para cada obra, costumam envolver recursos significativos. Algumas das intervenções, como a duplicação da Avenida Beira-Rio, já estão em andamento.
O que é o plano
- O PITMurb é um estudo que, além de trazer um diagnóstico da situação atual do transporte na Grande Porto Alegre, faz estimativas para um período de três décadas e, com base em simulações técnicas, aponta quais seriam as obras mais importantes para reorganizar o trânsito na região. Resultado de um trabalho de integração e planejamento que teve início em 2001, o plano foi realizado sob coordenação conjunta de órgãos representando três níveis de governo – EPTC (Porto Alegre), Metroplan (Estado) e Trensurb (União). O trabalho serve como uma proposta de ação integrada para os atuais e futuros gestores, mas não tem obrigatoriedade de aplicação.

(Por Marcelo Gonzatto, Zero Hora, 17/11/2010)


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