Em todo o mundo há cerca de 25 milhões de refugiados devido a fenómenos climáticos extremos que duplicaram nas últimas três décadas, segundo dados hoje revelados num congresso sobre alterações climáticas em Lisboa.
O professor universitário e investigador Filipe Duarte Santos alertou para um aumento dos fenómenos extremos como ondas de calor, períodos de seca mais graves e mais inundações.
“Estes fenómenos provocam a nível mundial perdas humanas e materiais extremamente elevadas. Os que provocam mais vítimas são as inundações e as secas prolongadas”, afirmou Duarte Santos, recordando que Portugal é “particularmente vulnerável” às secas.
Nas últimas três décadas, o número de fenómenos climáticos extremos passou de 200 por ano para 400, o que tem contribuído para o crescimento do número de refugiados ambientais ou climáticos.
Filipe Duarte Santos alertou especialmente para a subida do nível médio do mar, que se prevê que aumente um metro até ao final deste século.
As previsões, explica o investigador, apontam para uma subida entre 60 centímetros a 1,40 metros até ao final deste século.
(Diário Digital, 16/11/2010)