Após a mortandade de peixes na última quarta-feira, o Rio dos Sinos dá sinais de recuperação. Na manhã de ontem, agentes de fiscalização ambiental da Secretaria Municipal de Meio Ambiente de São Leopoldo (Semmam) percorreram de barco o leito do Sinos e não constataram a presença de peixes mortos ou qualquer tipo de problema nas águas.
Segundo o agente de fiscalização ambiental, Eduardo Mattes, a vistoria também serviu para verificar a presença irregular de dragas de areia ou pesca predatória com rede, proibida nesta época do ano, em virtude da piracema. A vistoria foi feita desde o bairro Humaitá até o Arroio Luiz Rau, em Novo Hamburgo, local onde foi constatada o início da última mortandade. "Os níveis de oxigênio na água estão em condições normais. Além disso, não há mais vestígios de peixes mortos, o que indica que a situação está normalizando", afirnou Mattes. A causa da morte dos peixes está sendo investigada.
Resíduo é encontrado no arroio
A Semam coletou ontem à tarde material no afluente do Arroio Pampa, localizado na Rua Reynaldo Kayser, no bairro Canudos, em Novo Hamburgo. O titular da pasta, Ubiratan Hack, diz que o resíduo é descartado por empresa de Campo Bom e levanta a hipótese de que isso pode ter provocado a mortandade dos peixes.
Hack, acompanhado de fiscais, retirou amostras da água. O material ficará na Comusa - Serviços de Água e Esgoto de Novo Hamburgo e encaminhado a um laboratório em Porto Alegre – o resultado deverá vir em uma semana.
A Patrulha Ambiental do Estado (Patram) e a Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam) fizeram levantamento das empresas que pudessem ter despejado o líquido e identificaram uma como a principal suspeita. O comandante do policiamento ambiental da Patram, Rodrigo dos Santos, contou que hoje será feito um monitoramento no arroio. Na terça-feira, a Fepam e a Patram fiscalizarão o estabelecimento.
(Jornal VS, 16/11/2010)