Viabilizar uma fonte de renda sustentável para assentados da reforma agrária e, ao mesmo tempo, recuperar áreas desmatadas da Amazônia Legal. Esta é uma alternativa de desenvolvimento rural que ganhou força no início deste mês, graças à assinatura de um Termo de Cooperação entre o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) e a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa).
Por meio dele agricultores dos municípios do Arco Verde serão capacitados para atuarem como fornecedores de sementes e mudas que serão usadas na recomposição das áreas de preservação permanente (APP) e de reserva legal (ARL) na Amazônia. As sementes e mudas poderão suprir diretamente os próprios assentamentos demais agricultores e outros futuros demandantes de espécies florestais na região.
O investimento total do Incra no projeto chega a R$ 12 milhões. Os recursos serão transferidos para a Embrapa e vão financiar os trabalhos de pesquisa, implantação e legalização de áreas de coleta de sementes nativas e produção de mudas, dentro e fora dos assentamentos.
A primeira etapa das atividades, previstas para o fim deste ano e 2011, abrange mais de 20 mil hectares e vai beneficiar diretamente pelo menos 10 mil famílias assentadas. Ao todo, estão envolvidos projetos de assentamento dos municípios paraenses de Marabá, Itupiranga, Pacajá e Paragominas. No Mato Grosso, serão atendidos os municípios de Querência, Peixoto de Azevedo, Nova Ubiratã e Confresa.
(MDA, Canal Rural, 14/11/2010)