Nunca como agora os alimentos geneticamente modificados foram tão malvistos pelos portugueses, de acordo com o Eurobarómetro “Europeus e a Biotecnologia em 2010: Ventos de Mudança?”, publicado no jornal Público.
Assim, actualmente só 37% dos portugueses encorajam este tecnologia, muito menos do que os 63% de 1996.
“O apoio para os alimentos geneticamente modificados não tem tendência a subir na Europa, e cada vez mais está associado com dimensões éticas, não só de segurança”, explicou ao Público a professora Paula Castro, do Instituto Superior de Ciências do Trabalho e das Empresas (ISCTE) e que participou neste projecto.
O relatório avaliou o optimismo e pessimismo dos cidadãos perante oito tecnologias, entre as quais a energia solar, a eólica, e a nuclear.
“As tecnologias que poupam o ambiente [são] vistas como positivas, as tecnologias relacionadas com a saúde, a não ser que haja objecções muito grandes, são vistas como positivas, e as tecnologias relacionadas com a alimentação são vistas como negativas”, explica Paula Castro.
Assim, 87% dos cidadãos da União Europeia acreditam que a energia solar tem um efeito positivo, a percentagem mais alta de todas as tecnologias analisadas. Segue-se a energia eólica, com 84%, os computadores e informação tecnológica, com 77%, o cérebro e aumento cognitivo, com 59%, a biotecnologia e engenharia genética, com 53%, a exploração do espaço, com 47%, a nanotecnologia, com 41% e finalmente a energia nuclear, com 39%.
(Greensavers, 09/11/2010)