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Zoológico de Sapucaia animais silvestres direitos animais
2010-11-03 | Tatianaf

Desde que a tristeza e a solidão fizeram desabar Doroteia, a última girafa do Zoológico de Sapucaia do Sul e o único exemplar que restava vivo no Estado, gaúchos divergem sobre a compra de novos animais. Agora, veterinários decidiram entrar na discussão.

Diante da mobilização de ativistas contra a importação de girafas, eles reagiram apresentando argumentos favoráveis à compra. A defesa se baseia no fato de que as novas girafas não seriam retiradas da vida livre, de seu hábitat natural, mas de criadouros.

— Fiquei sabendo da mobilização e não pude acreditar em tamanho equívoco. Existem vários pontos que devem ser analisados antes de se fazer uma imensa mobilização como esta, de alcance surpreendente — diz a médica veterinária Lísia Lucchesi.

Membro da Sociedade de Zoológicos do Brasil, o veterinário Cláudio Giacomini acompanhou por 34 anos a vida das girafas no zoo de Sapucaia do Sul e defende com convicção a vinda de novos exemplares para dar continuidade à procriação.

— Ninguém quer fazer dos animais um comércio, mas a instituição zoo tem de ser mantida – defende.

Ainda filhotes, um macho e duas fêmeas deixariam a África do Sul em um voo comercial até São Paulo, de onde seriam transportados, por via rodoviária, até Sapucaia.

A negociação seria um alento para quem sente falta da maior estrela do parque, mas uma afronta a quem defende a permanência dos animais em seu hábitat.

Em dezenas de depoimentos encaminhados à Redação de Zero Hora, gaúchos de diferentes partes do Estado se manifestaram. Eles não podem imaginar como seus filhos crescerão sem conhecer de perto uma girafa. Questionam como as crianças identificarão animais sem ser por TV ou figuras ilustradas?

Outra corrente considera uma crueldade tirar filhotes de uma região na qual sua espécie melhor se adapta para trazê-los ao Rio Grande do Sul. Os ativistas fazem circular pelo Estado um abaixo-assinado contra a importação dos animais, há um mês.

Em meio à reação dos dois grupos, a Fundação Zoobotânica – responsável pelo zoo – resolveu interromper o processo de compra das girafas, prometido em outubro. A decisão ficará para o próximo governo.

— Os três exemplares seriam de criadouros e ingressariam no Brasil com autorização do Ibama. Não seriam retiradas da vida livre – diz o diretor do zoológico, Roque Tomazeli.
 
Os prós e contras
OS ARGUMENTOS DOS VETERINÁRIOS
As girafas não seriam capturadas da vida livre. Nenhum animal que vai parar em zoológico é capturado para esse fim. Quase sempre são animais apreendidos por órgãos de proteção ambiental, submetidos a maus-tratos, ou vítimas de atropelamento ou de abandono. Os novos exemplares já vivem, ou teriam nascido, em cativeiro.
O zoo possui importantes funções para a sociedade. Uma é a de banco genético para espécies ameaçadas ou em extinção. Com base nos exemplares em cativeiro é possível salvar animais do desaparecimento.
Outra, seria a de disponibilizar os animais para estudos científicos, como comportamentais, em relação a sua biologia (reprodução, hábitos, alimentação, principais doenças, características individuais de cada espécie). Seria muito difícil a realização de estudos somente com a observação de animais em vida livre.
Um passeio ao zoo é um programa familiar e educativo, em ambiente amplo e arborizado, uma opção de lazer às famílias, principalmente pela oportunidade de escapar de uma rotina atribulada com muitos compromissos, em meio a trânsito congestionado, poluição, estresse e falta de tempo.
As girafas são animais que se reproduzem muito e, às vezes, têm de ser abatidas, para um controle de superpopulação em áreas onde habitam. Nesse caso, seria melhor trazê-las para educação da população. Está cada vez menor o espaço natural em que elas vivem, por exploração humana.
O QUE QUEREM OS AMBIENTALISTAS
Que os investimentos dos zoos sejam para:
- O atendimento e abrigo de animais resgatados do tráfico
- O acolhimento de animais exóticos abandonados por circos
- Programas de procriação de animais da fauna silvestre em risco de extinção, para posterior reintrodução no ambiente natural

(Por Leticia Barbieri, Zero Hora, 03/11/2010)


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