A obra de recuperação dos taludes do Arroio Dilúvio, executada pelo Departamento de Esgotos Pluviais (DEP), está 70% concluída. O serviço, que abrange toda a extensão da avenida Ipiranga, começou em fevereiro. Com a conclusão da obra, o serviço de desassoreamento (retirada dos sedimentos que se acumulam no fundo do arroio), deverá ser reduzido. A recuperação também melhorará a estrutura do Dilúvio.
A obra está no trecho entre as avenidas Azenha e Silva Só. O ritmo da recuperação diminuiu devido ao processo de liberação ambiental, explicou o diretor de Conservação do DEP, Francisco Pinto. "Os licenciamentos da Secretaria Municipal do Meio Ambiente estão sendo autorizados por trechos, o que alterou um pouco o prazo de execução", afirmou. O DEP aguarda a liberação para a obra nos trechos da Ipiranga entre a avenida Antônio de Carvalho e o Beco dos Marianos e entre a Borges de Medeiros e a Edvaldo Pereira Paiva.
Essa é a primeira grande obra de recuperação dos taludes - ou lajes, que estão sendo substituídas por concreto. Com o serviço, as redes pluviais que apresentaram problemas também foram reconstruídas. As paredes de pedra que formam a calha do arroio e os degraus do leito recebem melhorias. "O impacto maior é o visual, mas está sendo feita uma recuperação integral da estrutura pluvial, que irá melhorar a drenagem da água", afirmou o diretor de Conservação.
Para eliminar a possibilidade de transbordo do Dilúvio, o DEP realiza constantemente o desassoreamento, retirando o sedimento do fundo do arroio. O serviço é fundamental para manter a vazão até o Guaíba.
O projeto de recuperação do Arroio Dilúvio resulta de uma parceria da prefeitura, por meio do DEP, com o governo federal. O investimento total é de R$ 8,49 milhões. A obra abrange uma extensão de 10,5 quilômetros de cada lado do Dilúvio.
(Correio do Povo, 02/11/2010)