Com o apoio do deputado Sargento Amauri Soares (PDT), aproximadamente 50 moradores da Guarda do Rio Cubatão, localizado no município de Palhoça, estiveram na Assembleia Legislativa, na tarde desta terça-feira (26), reivindicando que a extração de areia nos rios da bacia do Cubatão seja interrompida. De acordo com os manifestantes, a atuação irregular de mineradoras ocorre há cerca de seis anos, contrariando o código florestal, comprometendo a captação para abastecimento de água e o saneamento de cinco municípios da região, além da estrutura viária.
Segundo o parlamentar, a falta de fiscalização da extração de areia está causando o desmoronamento das margens dos cursos d’água e sujando a água captada, além de causar preocupações devido às conseqüências da atividade para o meio ambiente e o abastecimento de água. A região onde as mineradoras atuam está no limite de áreas de preservação permanente.
"Como não há mais areia no leito do rio agora eles estão retirando areia das margens. Agricultores da região também sofrem com o problema, pois a retirada de areia está destruindo as margens e reduzindo o tamanho das propriedades. A agressão ao Rio Cubatão traz prejuízo ambiental e social. As escavações prejudicam o tráfego de veículos e pedestres, pois devido ao intenso movimento de caminhões que circulam diariamente no local, as ruas que não têm asfalto ou qualquer tratamento ficam em péssimas condições”, ressaltou.
Para o vereador Leonel José Pereira (PDT), a exploração da área apresenta uma série de irregularidades, entre elas as distâncias entre o areal, a rua geral e a mata ciliar. “Somos contra a permanência da empresa de exploração de areia na região, por isso estamos aqui solicitando o apoio do Legislativo nesta luta. Contamos com o apoio do prefeito do município de Palhoça, Ronério Heiderscheidt (PMDB), que se comprometeu durante seu mandato em não permitir que a Fundação do Meio Ambiente (Fatma) conceda licença ambiental para a extração de areia”, salientou.
Na condição de porta-voz dos manifestantes, Adriana Pontes, voluntária do Movimento SOS Rio Cubatão, solicitou que mais parlamentares se mobilizem pela causa e, junto ao poder municipal, interfiram de maneira consciente na preservação do meio ambiente e da comunidade que vem sofrendo com as possíveis tragédias que a ação das mineradoras pode oferecer a longo prazo. “Precisamos impedir essa exploração e preservar o local”, frisou.
(Por Tatiani Magalhães, Ascom Alesc, 26/10/2010)