O ano está chegando ao fim. As várias regiões da China estão se empenhando em concretizar a meta de economia de energia e redução de emissões. Essa meta faz parte do 11º Plano Quinquenal, em vigor de 2006 a 2010, e que foi elaborado pelo governo central do país. A capital Beijing, porém, já atingiu esse objetivo no final do ano passado. Mas como Beijing fez isso? E quais experiências da capital as outras cidades chinesas devem tomar como referência? É o que vamos saber agora.
Wang Yan mora com a família no bairro Shijingshan, no oeste de Beijing. Ela nos apresenta as lâmpadas elétricas econômicas que estão sendo usadas na casa dela.
"Essas lâmpadas foram enviadas pelo comitê de administração do bairro. Já faz um ano que eu as uso. Para mim, as lâmpadas iluminam muito bem, além de impulsionar a economia de energia."
Essas lâmpadas elétricas usadas por Wang Yan são um tipo de lâmpada econômica que o governo municipal de Beijing tem divulgado constantemente nos últimos anos. Em comparação com lâmpada incandescente tradicional, essa lâmpada fluorescente compacta tem uma economia de energia de 60% a 80%. E o tempo de vida dela é de quatro a seis vezes maior.
Em 2008, Beijing lançou, por meio de subsídios, uma campanha para a troca de lâmpadas. Essa campanha diz "Gaste um yuan para trocar uma lâmpada normal por uma lâmpada econômica". O vice-diretor da Comissão de Desenvolvimento e Reforma de Beijing, Zhang Yanyou, apresenta a atividade:
"Conforme o nosso critério, cada família de Beijing pode trocar cinco lâmpadas elétricas de economia energética. Caso haja uma maior demanda, os moradores também podem comprar mais por um preço mais baixo que no mercado."
Até 2009, mais de 20 milhões dessas lâmpadas de economia energética tinham sido instaladas em Beijing. O volume anual de economia de energia chegou a 750 milhões de quilowatts. Isso equivale à energia gasta por um milhão de moradores da cidade durante um ano.
Na verdade, a divulgação da lâmpada econômica é só uma das diversas medidas do governo municipal de Beijing para incentivar a redução de emissões. Jia Jianting é vice-diretor do departamento para economia de recursos e preservação ambiental, subordinado à Comissão de Desenvolvimento e Reforma de Beijing. Ele afirma que o reajuste da estrutura industrial foi o que deu a maior contribuição aos êxitos da cidade em economia energética e redução de emissões nos últimos anos.
"Desde o início do 11º Plano Quinquenal, Beijing tem persistido numa direção de desenvolvimento com alta tecnologia e eficiência. Assim, concretizamos a transformação do modelo econômico, de indústria de manufatura para prestação de serviços. Além disso, também eliminamos mais de 100 empresas que poluíam muito e gastavam muita energia."
De acordo com Jia Jianting, além do reajuste na estrutura industrial, Beijing também executou uma série de outros projetos de economia energética.
Conforme as estatísticas oficiais, no fim de 2009, Beijing já tinha concretizado 119% da meta de economia de energia e redução de emissões. Em 2009, o aumento anual de gasto energético foi de 4,5%, enquanto o crescimento econômico chegou a 11,6%.
Para Jia Jianting, Beijing lidera o país em economia energética e redução de emissões especialmente por causa das medidas adotadas na área. Entre essas medidas estão o estabelecimento do sistema de avaliação e supervisão sobre os projetos de investimento de bens fixos e o mecanismo de compensação para o tratamento dos resíduos elétricos.
(Por Zhao Yan, CRI, 27/10/2010)