Após dar a Papua Nova Guiné o prêmio ‘Motosserra de Ouro’, o Greenpeace disse que o país não está pronto para receber créditos de carbono pela redução do desmatamento e degradação florestal (REDD) devido à corrupção, ‘cowboys do carbono’ e falta de liderança política.
As acusações, incluindo desmatamento ilegal e abuso sobre os direitos dos povos nativos, foram baseadas em um relatório do Greenpeace que enfatiza que o desmatamento generalizado em PNG já resultou na perda de 45% das florestas apesar da meta de redução de 30% até 2030.
Os ‘cowboys do carbono’, segundo a ONG, são aqueles que montam esquemas de carbono “questionáveis” para comercializar créditos voluntárias de redução de emissões.
O relatório detalha como PNG está barrando o progresso do REDD e algumas medidas que o governo deve tomar para melhorar.
As florestas tropicais de PNG e da província indonésia de West Papua têm a terceira maior extensão do mundo, após a Amazônia e as florestas do Congo.
Prêmio
Bietta também é co-presidente das negociações sob a REDD Partnership, um fórum internacional de discussões sobre o REDD no qual algumas organizações brasileiras participam.
O representante do Greenpeace em PNG Sam Motto, que entregou o prêmio a Bietta, comentou que nos últimos seis meses ela teria “continuamente tentado acabar com a participação de ONGs nas discussões sobre o REDD”.
(Por Fernanda B. Muller, CarbonoBrasil/Agencias Internacionais, 27/10/2010)