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indústria do cigarro
2010-10-26 | Tatianaf

Votorantim será parceira de um projeto pioneiro, no Brasil, de coleta e destinação correta de bitucas de cigarro. O trabalho será feito juntamente com a empresa Poiato Recicla, instalada na cidade, e deve contemplar a implantação de cerca de 100 lixeiras especiais, que serão espalhadas por todo o município, para que os fumantes possam descartar o resquício dos cigarros. O material será encaminhado à fábrica da Conspizza Soluções Ambientais, em Uberlândia, Minas Gerais, que também passará a produzir, pela primeira vez no País, um subproduto com o acetato de celulose do qual as bitucas são feitas: um composto para aplicação em áreas verdes que precisam ser recuperadas, com 40% do material da bituca, 40% de composto orgânico e 20% de composto vegetal.

De acordo com Marcos Poiato, um dos proprietários da Poiato Recicla, o projeto ainda está no começo e a Prefeitura de Votorantim será a primeira parceira. “Já conversamos com as secretarias de meio ambiente de 37 cidades da região. Todas estão muito receptivas”. As caixas de coleta, que serão produzidas de tamanhos e formatos diferenciados, a partir da necessidade e anseios das empresas parceiras, conterão mensagens educativas e serão mantidas com recursos conseguidos a partir da destinação de seu espaço para publicidade. Por isso, os custos para os cofres públicos do município, neste momento, serão relativos apenas à colocação de material de propaganda institucional. “Emitiremos as autorizações para que as caixas sejam colocadas pelas ruas. Faremos campanhas antifumo”, falou o prefeito Carlos Augusto Pivetta. “Quando me falaram sobre o projeto, confesso que achei estranho, inusitado. Mas depois de ouvir as explicações técnicas, achei muito interessante”.

Ainda não há data para o início de fabricação e distribuição das caixas em Votorantim, cada qual com capacidade média para abrigar 2,5 mil unidades. No processo, a Poiato Recicla ficará responsável pela coleta do material acumulado nas caixas, tanto aquelas mantidas pelos parceiros como outras, de empresas particulares, por exemplo, que se interessem pelo serviço. Ao contrário do que acontece com o alumínio e papelão - que são materiais possíveis de serem vendidos às recicladoras - para destinar as bitucas de cigarro corretamente será necessário pagar por isso. Marcos Poiato, entretanto, ainda não soube precisar qual será o custo por quilo de bituca encaminhado. A empresa pretende, ainda, ampliar a parceria para distribuição de coletores de bitucas individuais em grandes eventos. A atuação da Poiato Recicla em Votorantim começa amanhã, com a inauguração de sua sede, no bairro Votocel.

Preocupação ambiental
As preocupações com os problemas ambientais que podem ser causados pelas bitucas de cigarros jogadas no chão ou até no lixo comum são muitas. Pesquisas apontam que 28% do lixo de mão descartado indiscriminadamente nas ruas é a bituca. Ao contrário de papéis, latas e plásticos - que muita gente já têm consciência de que não podem ser largados em qualquer local - os resquícios do cigarro são, comumente, jogados pelos vidros dos carros, nas guias e calçadas.

Cada bituca de cigarro pode levar até dois anos para se decompor no meio ambiente e, cada 20 delas acabam por gerar um litro de esgoto. Anualmente, são produzidos 140 bilhões de cigarros no Brasil, que são consumidos por 28% da população.“As bitucas são materiais leves, que as pessoas jogam em todo lugar. Quando molhadas, estufam e acabam entupindo bocas de lobo e redes de esgoto, da mesma forma que as sacolas de plástico. Sem contar que os peixes e pássaros acabam se alimentando disso ao pensarem que é comida”, falou Pivetta.

(Cruzeiro on-line, 26/10/2010)


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