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imprensa e meio ambiente mídia e sustentabilidade
2010-10-26 | Tatianaf

Precisamos de novos modelos sociais e econômicos, compatíveis com os limites biológicos que o planeta impõe. Para buscá-los e construí-los, a organização italiana GreenAccord reuniu em Cuneo, na região de Piemonte daquele país, 200 cientistas e jornalistas de todos os continentes no VIII Fórum Internacional de Mídia e Proteção à Natureza, de 13 a 16 de outubro.

Quarenta países estiveram representados no encontro, que transcorreu sob o tema ‘Pessoas Construindo Futuros – Limites das Fronteiras e Valores para uma Vida Sustentável’.  “Qual o futuro de nosso planeta? Vamos construí-lo, com senso de responsabilidade”, convidou Gian Paolo Marchetti, presidente da GreenAccord na abertura do evento, lembrando que o objetivo maior do encontro é de servir como um laboratório de idéias para o mundo.

Robert Costanza, do Instituto para Soluções Sustentáveis e professor da Universidade de Vermont, nos EUA, defendeu a necessidade de integrar visão, ferramentas e análises com a implementação das mudanças.  “Para um mundo diferente, precisamos desenvolver novas instituições e tecnologias”. Ele ainda lembrou a importância de termos novos indicadores, ressaltando as distorções presentes no PIB – Produto Interno Bruto, baseado apenas em atividade econômica, sem incorporar critérios sociais e de qualidade de vida em sua elaboração. “Melhor será termos um Indicador de Progresso Genuíno (GPI – Genuine Progress Indicator)”, defendeu.
Reforçou estas afirmações, Friedrich Hinterberger, do Instituto Europeu de Pesquisa para a Sustentabilidade, incentivando a consulta e participação no site Além do PIB: http://www.beyond-gdp.eu/ (apenas em inglês), além de destacar que apenas o avanço econômico pode gerar dívidas sociais e ambientais graves.

Andrea Masullo, professor de Sustentabilidade Ambiental na Universidade de Camerino e presidente do comitê científico do GreenAccord, defendeu a tese de que as espécies que mais sobrevivem são as mais capazes de colaborar para a evolução global. Lembrou que a vida na Terra se mantém ciclicamente e que o ser humano desprendeu-se dos ciclos naturais. Hoje,  pegamos matéria de forma muito acelerada. Além disto, devolvemos descartes que a natureza não consegue re-assimilar e transformar, novamente, em água, ar e solos puros.

“É mandatório aceitarmos os limites naturais existentes”, concluiu sugerindo que fossem atribuídas ‘cotas de Natureza’ a cada pessoa viva no Planeta, para melhor partilha e respeito ao ritmo natural de renovação. Sobre o consumo, reconheceu que é o que move as economias em todo o globo. Mas sugeriu intensificarmos o consumo de serviços e reduzirmos o consumo de produtos. Pois ao contratar e valorizar serviços pode-se ampliar a distribuição de renda e melhorar, por consequência, a qualidade de vida de camadas menos favorecidas que, no entanto, realizam tarefas essenciais para todos.

O evento desenvolveu-se com muitas falas destacando a urgência de ações pautadas no princípio de responsabilidade para com esta e as futuras gerações; na priorização do bem-estar, no lugar de um mero crescimento econômico, imediatista e míope; na mudança de modelos de competição para os de colaboração e numa ampla re-valorização da diversidade, tanto das culturas de povos, como de espécies naturais.

Os participantes puderam ampliar sua rede de fontes e contatos com profissionais e especialistas dos cinco continentes e também conhecer cases como o da empresa InterfaceFlor que abraçou a Missão Zero – para zerar sua pegada ecológica; ecocidades espalhadas pelo mundo, na apresentação do arquiteto Joachim Eble e a operação de um ciclo fechado zoo-agro-bioenergético implantado pela Marcopolo Spa, entre outros.

Também puderam visitar a feira EcoFutura, com tecnologias inovadoras, no município de Cherasco e iniciativas ecológicas locais, como a produção orgânica de queijos Kinara, realizada exclusivamente com coalho produzido a partir de substâncias vegetais e com respeito ao bem-estar animal das vacas fornecedoras do leite.

No encerramento, um jornalista falou por cada continente sobre os desafios socioambientais na região que representava e uma avaliação geral sugeriu desdobramentos do encontro, como matérias intercontinentais realizadas por uma rede independente de correspondentes e a elaboração de um balanço da situação ambiental em cada área, em preparação à Rio +10, em 2012.

(Por Neuza Árbocz, Envolverde, 26/10/2010)


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