O Walmart anunciou um pacote de medidas globais para que sua marca esteja mais próxima da sustentabilidade. Uma das ações prometidas é suspender a compra de produtos que estejam associados ao desmatamento da Amazônia.
Segundo o anúncio, até 2015, os itens produzidos a partir da criação de gado, do cultivo de soja ou da extração de madeira que vêm de áreas devastadas na floresta tropical brasileira não terão vez nas lojas da rede pelo mundo.
“A iniciativa do Walmart é um passo ambicioso para garantir a preservação da Amazônia. Mas, com ele, vem uma grande responsabilidade, de explicar como vão colocar a promessa em prática. É o que esperamos agora”, diz Marcio Astrini, da campanha Amazônia do Greenpeace.
Gado, soja e madeira são os principais vetores de destruição da floresta tropical brasileira. Uma parte dos setores de pecuária e sojeiro caminha para uma produção mais limpa, pressionados pelo próprio mercado internacional, que não aceita mais produtos associados à destruição da Amazônia. Mas para que a floresta deixe de cair e o Brasil reduza suas emissões de CO2 – que o colocaram entre os países que mais contribuem com o aquecimento global – é preciso que novos atores exijam uma produção livre de desmatamento.
“Medidas como a do Walmart são um grande avanço para o Brasil e para o equilíbrio climático global. Mas uma boa parcela do problema ainda precisa ser resolvida: os outros supermercados ainda fingem que a destruição da Amazônia não é problema deles”, diz Astrini.
(Greenpeace Brasil, 17/10/2010)