A primeira geração de painéis solares está chegando ao fim de sua vida útil e ameaça a ideia generalizada de serem ecologicamente corretos.
Instalados na década de 90, os equipamentos funcionariam até por volta de 2015, depois de 25 anos de funcionamento. Mas suas células solares utilizam metais tóxicos como o cádmio e o índio para transformar os raios de sol em energia.
A Universidade do Estado do Arizona, em Tempe (USA), desenvolveu uma técnica para calcular a quantidade de dióxido de carbono (CO2) que é emitida durante a vida útil dos painéis solares. O pesquisador Pei Xhai e equipe levaram em conta itens como a produção dos equipamentos e o transporte dos mesmos até as instalações finais.
A projeção indica que 32 gramas de CO2 são produzidos a cada kilowatt/hora de eletricidade gerada por células solares. Esse número é somente uma fração de outras tecnologias energéticas e foi reduzido pela metade na última década com a melhoria no processo de fabricação do equipamento, mas está 60% acima das estimativas iniciais, que não considera o transporte do maquinário.
A fama de os painéis serem ecológicos também é colocada à prova com os resíduos originados durante a fabricação dos painéis, pois contêm substâncias tóxicas como o mercúrio e o cromo.
(New Scientist, Folha.com, 14/10/2010)