A operação Arataú, feita por fiscais do Ibama ((Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis), combate desde junho o desmatamento ilegal no sul do Pará.
Até hoje, já foram aplicadas cerca de R$ 52 milhões em multas e apreendidas 320 m3 de madeira em tora --equivalente a cerca de 12 caminhões cheios--, uma balsa, 16 caminhões e três tratores encontrados dentro de áreas de floresta onde se constatou extração ilegal de produtos florestais.
Aproximadamente 9.000 hectares de desmates irregulares, ou o mesmo que 3,5 vezes a área do arquipélago de Fernando de Noronha, também foram embargadas nos municípios de Pacajá, Portel, Novo Repartimento e Anapu.
No último domingo, os agentes federais flagraram uma balsa, que tinha 100 m3 de madeira em tora entre os municípios de Portel e Pacajá. A embarcação estava atracada no igarapé Água Azul e esperava mais carga.
Além da madeira, foram apreendidas a balsa e o rebocador envolvidos no crime ambiental, avaliados em R$ 500 mil.
"Apesar da Secretaria Estadual de Meio Ambiente já ter liberado a exploração de mais de 500 mil m3 (o correspondente a 20.000 caminhões cheios de madeira), o que se percebe é que continua a ocorrer a intensa exploração ilegal de madeira na região", diz o chefe da Divisão de Fiscalização do Ibama em Belém, Paulo Maués.
Pacajá e municípios vizinhos estão entre os maiores desmatadores da Amazônia.
(Folha.com, 13/10/2010)