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fontes alternativas
2010-10-07 | Tatianaf

Numerosos países da África oriental começaram a mudar aos poucos a fonte de geração elétrica, passando do carvão para uma mais limpa, para reduzir custos. “Ainda falta, mas os países começaram a pegar o touro pelos chifres”, disse o especialista Mark Hankins.

O principal motor da mudança é o aumento do preço da eletricidade, explicou Mark, que trabalha há duas décadas como consultor em eletrificação rural e energias renováveis na África austral e oriental. “Na África oriental, o preço é de duas as cinco vezes maior do que na África do Sul, o que prejudica a indústria e as famílias”, afirmou.

Hankins participou da Semana da Energia da África, um encontro de quatro dias, organizado por empresas estatais e privadas nesta cidade sul-africana. Cerca de 150 especialistas internacionais, funcionários e representantes de empresas de gás e petróleo participaram da reunião, realizada de 27 a 30 de setembro. Outra razão para o interesse da África oriental nas energias renováveis é que a demanda por eletricidade supera a capacidade da rede elétrica, em parte devido ao rápido crescimento econômico. “A indústria de diamantes e petróleo e a agricultura são setores em crescimento e precisam de mais energia”, disse Mark.

“Desde que me mudei para o Quênia, em 1993, me entusiasmam os progressos que vejo na África oriental em matéria de energia renováveis”, afirmou, e contou como foram construídas no ano passado seis turbinas eólicas nas colinas de Ngong, sul do país. A obra, próxima a Nairóbi, agregou 5,1 megawatts à rede elétrica e faz parte da primeira fazenda eólica do Quênia. Outro projeto similar está previsto no país, com capacidade de 310 megawatts, e seria a maior fazenda eólica do continente. O projeto, que inclui 300 turbinas de vento, custará US$ 408 milhões. O Banco de Desenvolvimento Africano financiará 70% e o restante caberá a investidores holandeses e quenianos.

O Quênia não é o único país da região a considerar as energias renováveis. “Uganda, Ruanda e Etiópia fazem o mesmo, e também a Tanzânia. Neste último, há uma fazenda eólica que produz 50 megawatts e um projeto para construir outra semelhante”, disse Mark. “De todas as regiões do mundo, a África é a que tem maior possibilidade de dar um grande salto para formas de energias mais limpas”, devido à abundância de sol, água e vento, disse Christopher Clarke, diretor da Inspired Evolution Investment Management.

“Atualmente, 70% da eletricidade é produzida a partir de carvão. Em 2025, a proporção poderá ser de 42%. Também estamos prevendo que, para o mesmo ano, a energia hidrelétrica e o gás serão responsáveis por 60% e 150% da eletricidade respectivamente”, acrescentou Christopher. A Tanzânia começou a desenvolver a capacidade de gerar eletricidade a partir do gás.

O gás natural não é considerado uma fonte renovável, mas o processo é muito mais limpo em comparação ao carvão ou aos combustíveis fósseis como óleo combustível e querosene. “A demanda atual de gás na Tanzânia para produzir eletricidade supera os 2,9 milhões de metros cúbicos diários”, disse Oswald Mutaitina, gerente de finanças e desenvolvimento empresarial da companhia Songas. “Produzimos 1,9 milhões de metros cúbicos de gás ao dia, mas queremos duplicar essa quantidade. Para isso precisamos ampliar e melhorar a infraestrutura”, disse Oswald, o que custará US$ 60 milhões.

A companhia, propriedade do Estado e de várias empresas privadas, extrai o gás da Ilha de Songo Songo, situada diante da cidade tanzaniana de Dar-Es-Salaam, que tem quase 34 bilhões de centímetros cúbicos de gás natural. Além de extrair e vender gás, a Songas também produz eletricidade. A empresa fornece 180 megawatts à rede elétrica da Tanzânia, segundo a própria empresa.

A demanda crescente por energia a partir do gás e não de fontes convencionais tem a ver com o custo. “O gás é mais barato em comparação com combustíveis líquidos, como óleo combustível e querosene. Além disso, o gás que usamos em nossa unidade é local e não temos de importar. Não dependemos das flutuações do mercado internacional”, disse Oswald à IPS. “Podemos baixar o custo da eletricidade para US$ 0,06 por quilowatt/hora”, acrescentou.

O serviço oferecido pela Independent Power Tanzania Ltd. ou Tsavo, no Quênia, é de US$ 0,11 e US$ 0,12 por quilowatt/hora, respectivamente. A ampliação da rede permitirá dar eletricidade a mais pessoas na Tanzânia, acrescentou Oswald. “Agora, apenas 10% do país tem eletricidade. A situação melhorará nos próximos anos”, previu.

(Por Miriam Mannak, IPS, Envolverde, 07/10/2010)


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