O lixo produzido pelos candidatos na eleição de domingo só deve desaparecer amanhã das ruas de Porto Alegre. Essa é a expectativa do Departamento Municipal de Limpeza Urbana (DMLU), que registrou neste ano um volume de santinhos e cartazes acima da média.
O DMLU estima que serão recolhidas, no total, 100 toneladas de lixo eleitoral. Para o diretor em exercício do órgão, Carlos Vicente Gonçalves, dois fatores provocaram o atraso no trabalho de limpeza. "Em outros anos, conseguíamos concluir até mesmo no domingo à noite ou na segunda de manhã. Mas a quantidade foi acima da média e a ação do vento no domingo acabou espalhando os materiais. A cidade foi literalmente coberta de santinhos", afirma.
Ao todo, 642 funcionários e 38 caminhões trabalharam na limpeza da Capital. No sábado à noite, foram recolhidas cerca de 45 toneladas de cavaletes instalados pelos candidatos em praças e canteiros. O restante do material, recolhido a partir das 17h do domingo, é composto de santinhos distribuídos pelos candidatos. Como a força-tarefa do DMLU já foi encerrada, é o trabalho de rotina dos garis que deverá concluir a limpeza.
De acordo com Gonçalves, apesar da proibição quanto à propaganda e ao descarte de lixo nas ruas, a fiscalização no dia da eleição é impraticável. Outro problema é o destino do material: por estar sujo, ele não pode ser reciclado. "Tudo vai fora. Embora sendo papel, não pode ser reciclado por já ter sido contaminado. Infelizmente, todo esse material vai para o aterro sanitário", lamenta.
(JC-RS, 06/10/2010)