A Suzano Papel e Celulose obteve o reconhecimento de mais uma Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN). A área, com 302,7 hectares de extensão integra a Fazenda Entre Rios, localizada entre os municípios de Angatuba e Bofete, no interior de São Paulo, e passará a ser considerada unidade de conservação privada, dedicada a preservar os ambientes naturais e a biodiversidade, em caráter perpétuo. Sua criação é um ato voluntário do proprietário, que decide transformar seu terreno, ou de parte dele, em uma RPPN, sem que isto ocasione perda do direito de propriedade, mas para obter a classificação, as áreas devem ter um alto valor de conservação por sua riqueza biológica.
A RPPN é também uma das principais chancelas que uma reserva privada pode alcançar e reforça o compromisso da empresa em contribuir para a restauração de um dos biomas mais degradados do território brasileiro. O Cerrado, maior bioma do país, é considerado uma das áreas prioritárias para a conservação ambiental, pois reúne 112 espécies de animais ameaçados de extinção. Com 303 hectares recobertos por vegetação de cerrado muito bem preservada, a Fazenda Entre Rios abriga 26 espécies de mamíferos, sendo 14 delas ameaçadas de extinção, de acordo com dados do inventário de monitoramento de fauna realizado pela Suzano, em 2009.
No ano passado, o Parque das Neblinas, localizado na Fazenda Sertão dos Freires, em Bertioga (SP), teve 518 hectares de Mata Atlântica reconhecidos como RPPN. De propriedade da Suzano Papel e Celulose, sob gestão do Instituto Ecofuturo.
Com isso, a Suzano terá RPPNs nos dois principais biomas do estado, tornando patente sua intenção de contribuir com a rede oficial de unidades de conservação de São Paulo. A ação de criação de novas RPPNs também será levada para os outros estados nos quais a empresa atua, diz Alexandre Di Ciero, gerente executivo de sustentabilidade da Suzano.
Deverá ainda ser reconhecida como RPPN uma área mantida pela empresa às margens do Rio Mucuri, na Bahia, com cerca de 1,1 mil hectares de extensão. Nela, o inventário de mamíferos identificou 31 espécies, das quais sete são consideradas ameaçadas de extinção. O monitoramento da avifauna, identificou em Mucuri (BA) e Angatuba (SP) a presença de mais de 400 espécies, dentre elas o Pica-pau, o Gavião-de-penacho, o Sabiá-cica, o Beija-flor-limpa-casa e o Gavião-peneira.