De acordo com o Sistema de Alerta de Desmatamento (SAD) do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), em agosto foram desmatados 210 quilômetros quadrados de floresta na Amazônia Legal. A maioria (68%) da devastação ocorreu no Pará, seguido por Mato Grosso (11%), Amazonas (10%), Acre (6%) e Rondônia (5%).
A quantidade de área desflorestada nesse mês representa, segundo o instituto, uma queda de 23% em relação a agosto de 2009 quando o desmatamento somou 273 quilômetros quadrados.
O Pará foi o Estado que mais reduziu o desmatamento (-31%), seguido de Rondônia (- 24%). Por outro lado, houve aumento no desmatamento no Acre, Amazonas e Mato Grosso.
Degradação
Além do desmatamento, o SAD detectou no período 1.549 quilômetros quadrados de florestas degradadas. “Isso corresponde ao aumento expressivo de 241% em relação ao mesmo mês do ano anterior (agosto de 2009) quando a degradação florestal atingiu 455 quilômetros quadrados. Desse total, 46% ocorreu em Mato Grosso, 38% no Pará, 12% em Rondônia, 3% no Amazonas e 1% no Acre.”, diz o estudo.
Em relação às florestas degradadas, o aumento comparado ao mesmo mês de 2009 foi extremamente expressivo no Amazonas (+ 1.651%) e Acre (+ 1.029) e significativo no Pará (+ 282%), Rondônia (+ 210%) e em Mato Grosso (+ 192%).
Carbono
Segundo o instituto, a devastação detectada em agosto deste ano na Amazônia Legal comprometeu 3,4 milhões de toneladas (com margem de erro de 1,3 milhões de toneladas) de carbono. Essa quantidade de carbono afetada resulta em 12,5 milhões de toneladas de CO equivalente.
BR 163 e devastação
Em agosto de 2010, o desmatamento se concentrou de maneira mais expressiva no Pará principalmente na área de influência da BR-163 (rodovia Santarém-Cuiabá) afetando os municípios de Novo Progresso, Altamira, Trairão e Itaituba; e na Terra do Meio, atingindo os municípios de São Félix do Xingu e Altamira. Houve também desmatamento mais concentrado em Porto Velho (Rondônia) e Rio Branco (Acre).
Em relação a situação fundiária, em agosto de 2010, a maioria (54%) do desmatamento ocorreu em áreas privadas ou sob diversos estágios de posse.
(Amazônia.org, Envolverde, 01/10/2010)