O Instituto Nacional de Estatística (INE) chegou à conclusão que há «uma tendência para o potencial de efeito de estufa acompanhar o desempenho económico, embora de forma irregular».
O INE publicou, esta quinta-feira, dados sobre as emissões atmosféricas efectuadas pelos agentes económicos no exercício da sua actividade, tanto o efeito de estufa como a acidificação, consoante os gases em causa.
A intensidade das emissões de gases com efeito de estufa diminuiu 2,1 por cento em 2008 face a 2007, com a quantidade de dióxido de carbono emitida por euro criado pela economia nacional a descer.
No período de 1995 a 2008, verificou-se um aumento no valor do potencial de efeito de estufa até 1999, entre 2000 e 2006 registou-se uma estagnação e depois iniciou-se um decréscimo do indicador.
A indústria e energia foram os sectores que mais contribuíram para o potencial de efeito de estufa, embora tenham reduzido a sua parte. Seguiu-se a agricultura, silvicultura e pescas.
As áreas de actividade que «produzem essencialmente bens têm vindo a reduzir o seu contributo para o potencial de efeito de estufa, o sector dos serviços tem aumentado», principalmente no que se relaciona com o transporte. Na avaliação da eficiência ambiental das famílias, a conclusão é que as emissões registam uma redução média por ano de 1,4 por cento.
A redução das emissões de gases com efeito de estufa, que têm consequências ambientais, como a redução da camada de ozono, é objecto do Protocolo de Quioto, para vigorar de 2008 a 2012 e ao qual Portugal aderiu.
(Diário, 30/09/2010)