Professor da COPPE defende a governança de sustentabilidade através da criação de mecanismos de Cooperação reunindo Estado, Sociedade e Empresas, para garantir mais competitividade aos produtos brasileiros no mercado internacional
Dentre os critérios que norteiam atualmente a competitividade internacional, o único fator em que o Brasil tem condições de se destacar em relação aos países que integram o grupo chamado BRICs (Brasil, Rússia, Índia e China) é sustentabilidade. Nos demais, (produtividade, qualidade, logística e inovação) as chances são menores. A receita para que o País consiga se organizar para atingir este estágio é através da Governança de Sustentabilidade, com a criação de mecanismos de Cooperação que possam definir estratégias conjuntas, reunindo Estado, empresas e sociedade civil.
[Leia na íntegra]Esta recomendação é do professor Rogerio Valle, do Programa de Engenharia de Produção da COPPE, que vai defender a tese durante o workshop “Carbono Zero – Rumo à Copa e as Olimpíadas”, que será realizado nos próximos dias 7 e 8 de outubro, no Rio de Janeiro (Auditório da RB1, Salão Mauá), reunindo empresas, executivos, órgãos ambientais, empresários, universidades e profissionais interessados nessa questão.
Segundo Rogerio Valle, o Estado, as empresas e a sociedade civil evoluíram nas duas últimas décadas, mas ainda não o suficiente para que a sustentabilidade possa diferenciar o Brasil dos demais BRICs. As estratégicas não podem mais ser isoladas: “É importante frisar que, no caso das empresas, não basta fazer gestão ambiental; é preciso garantir também a sustentabilidade dos fornecedores. O Estado, nos três níveis de governo, também tem que passar por mudanças e ir além da ação diplomática, pois a própria COP 15 já provou que só isso não basta”, afirmou o professor da COPPE, defendendo um papel diferente para o BNDES, por exemplo, para reforçar o apoio financeiro de projetos pautados em critérios de sustentabilidade em toda a cadeia de produção.
Por sua vez a sociedade civil, através das ONGs, tem que exercer seu papel na mídia e na educação, que são fatores que podem fazer com que as três vertentes (Estado, empresas e sociedade) estabeleçam estratégias conjuntas para que a sustentabilidade funcione de fato como um fator de competitividade no mercado internacional.
Organizado pela Planeja & Informa Comunicação & Marketing, o evento vai discutir também as novas exigências legais para a sustentabilidade na indústria, que precisa se adequar às novas regras ambientais, e na construção civil, que também terá que contabilizar a natureza em seus novos empreendimentos, e no setor de Transportes, que tem forte impacto na geração de gases de efeito estufa.
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(EcoDebate, 30/09/2010)