Assim como o Inpe usa imagens de satélite para monitorar o desmatamento na Amazônia, a Embrapa quer desenvolver uma tecnologia semelhante para monitorar a expansão e a produtividade da agropecuária - dois fatores que influenciam diretamente as taxas de derrubada da floresta.
"Se o Brasil quer mesmo ser uma potência ambiental e agrícola ao mesmo tempo, precisa ter sistemas capazes de monitorar tanto a agricultura quanto o desmatamento", diz o pesquisador Mateus Batistella, chefe geral da Embrapa Monitoramento por Satélite, em Campinas.
Com metodologias adequadas, segundo Batistella, é possível deduzir não só o tamanho da área plantada, como o tipo de lavoura (ou pasto) e o número de safras que estão sendo colhidas.
"Assim como sabemos onde está o desmatamento, temos de saber onde está a agricultura", afirma o pesquisador. "Temos informações estatísticas do IBGE, mas não informações espaciais." Batistella estima que levará cinco anos para a Embrapa desenvolver um programa desse tipo.
(Por Herton Escobar, O Estado de S.Paulo, 29/09/2010)