Em Mato Grosso do Sul, maior produtor de grãos do País, remanescentes dos guaranis-caiuás reivindicam a ampliação das terras em que vivem. São "poucas e pequenas", segundo descrição da CNBB, que ainda alerta para o fato de comunidades viverem em "acampamentos improvisados à beira de rodovias".
Nas áreas demarcadas verifica-se uma concentração demográfica cada vez maior, com elevados índices de violência, mortalidade infantil e casos de suicídio. Para a Funai a solução está na concessão de mais terras aos índios.
Os ruralistas conseguiram barrar os estudos de demarcação que vinham sendo feitos pelo governo, graças a uma liminar que obrigava os técnicos a notificar previamente os proprietários sobre cada etapa do processo. A Funai recorreu. Disse que além dos problemas para identificar o proprietário era difícil localizá-lo. No STF, o ministro Cézar Peluso derrubou a liminar, afirmando que o procedimento administrativo de demarcação não prevê a notificação dos proprietários.
(Por Roldão Arruda, O Estado de S.Paulo, 27/09/2010)