A coleta seletiva de lixo em Porto Alegre, que comemora 20 anos em 2010, obteve reconhecimento nacional em pesquisa da associação Compromisso Empresarial para Reciclagem (Cempre): é o único município gaúcho onde 100% da população têm acesso à coleta seletiva. Apenas outras seis cidades brasileiras oferecem, nesta amplitude, esse tipo de serviço tão importante no aspecto ambiental quanto no social: Santos, Santo André e São Bernardo do Campo, em São Paulo; Itabira, em Minas Gerais; e só mais duas capitais, Goiânia e Curitiba. “Temos consciência de que Porto Alegre é uma cidade privilegiada nesse aspecto, mas sempre é bom ter um reconhecimento dessa dimensão”, afirma Carlos Vicente Gonçalves, diretor-geral do DMLU em exercício.

A pesquisa Ciclosoft 2010 do Cempre, uma entidade sem fins lucrativos dedicada à promoção da reciclagem dentro do conceito de gerenciamento integrado do lixo e mantida pelas mais respeitáveis empresas privadas do País, de diversos setores, constatou que apenas 443 municípios brasileiros (8%), sendo 36 gaúchos, oferecem o serviço de coleta seletiva do lixo à sua população, alcançando 22 milhões de pessoas. Ou seja, apenas 12% da população nacional. Nesse contexto, os 1,4 milhões de porto-alegrenses são responsáveis por 3,1% de todo o lixo seletivo coletado no Brasil.

A coleta seletiva de Porto Alegre é pioneira no País e iniciou em 1990. O Cempre foi fundado dois anos depois e começou as suas pesquisas, de dois em dois anos, a partir de 1994. A pior notícia dessa nova pesquisa divulgada esta semana é que nos últimos dois anos diminuiu o volume de lixo reciclável coletado em todo o Brasil, ao contrário do que acontece em Porto Alegre. “ Nós modernizamos a coleta seletiva há pouco mais de um ano e crescemos de 60 para cem toneladas diárias coletadas”, afirma Jairo Armando dos Santos, diretor da Divisão de Projetos Sócias do DMLU.

O lixo seletivo coletado em Porto Alegre é distribuído entre 15 Unidades de Triagem (UT) conveniadas com o DMLU, onde trabalham cerca de 800 pessoas (82% mulheres) que têm um rendimento mensal médio de 1,2 salário mínimo.

(Prefeitura de Porto Alegre, 23/09/2010)