Os EUA adiaram a decisão sobre a permissão da produção de uma nova raça de salmão geneticamente modificado, que tem crescimento rápido, para o consumo humano. Em informação divulgada nesta terça-feira no site The Ecologist, o porta-voz da Food and Drug Administration (FDA) afirmou que não há novo prazo para uma decisão e que a definição sobre o assunto deve ainda demorar meses. O órgão deve decidir também se a carne deste peixe deverá ou não ser rotulada como transgênica.
O salmão, de propriedade da empresa de biotecnologia AquaBounty Technologies, foi alterado geneticamente para crescer mais rápido do que o salmão oriundo da piscicultura convencional e seria o primeiro animal geneticamente modificado autorizado a ser vendido para consumo. Os peixes seriam criados no Canadá e Panamá.
O FDA afirma que os alimentos transgênicos estão sujeitos a avaliações rigorosas de segurança. Apesar da grande expectativa em torno da aprovação, o salmão só deve ser liberado se atender às normas de segurança alimentar.
Em um breve relatório prévio publicado nesta semana, o FDA aponta que "o salmão da AquAdvantage (...) é tão seguro para a alimentação quanto o salmão convencional do Atlântico e não existe certeza razoável de nenhum dano causado a partir do consumo de alimentos provenientes desse animal".
Os ativistas contra a comercialização do salmão afirmam que não se pode afirmar "inequivocamente" que os produtos transgênicos não têm efeitos colaterais a longo prazo em humanos e no meio ambiente. E apesar do atraso da decisão, os ativistas afirmam temer que o produto possa estar nas prateleiras de supermercados em breve e solicitam que eles tenham rótulo de identificação.
(Terra, 22/09/2010)