Uma empresa indiana de carbono lançou um programa para conectar desenvolvedores de projetos de energia solar de pequena escala visando auxiliá-las a conquistar créditos de carbono e incrementar o retorno financeiro.
O programa da Emergent Venture India faz parte do Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL) da ONU, expandido recentemente para abrigar o Programa de Atividades.
“É muito novo. Temos três projetos até agora e escrevemos para cerca de 50 a 60 desenvolvedores”, comentou o chefe de operações Deepak Verma.
O objetivo é recompensar investidores de pequenos projetos que originalmente perderiam a renda dos créditos de carbono devido aos altos custos de auditoria e a lentidão da aprovação sob o MDL.
A EVI já começou os trabalhos com desenvolvedores de projetos de 1MW a 2 MW e espera aumentar para no mínimo 50 em um programa pioneiro na Índia. As instalações solares fazem parte de uma iniciativa do governo para aumentar drásticamente a geração de energia por esta fonte para 20 GW até 2021 dos atuais 30 MW.
A primeira fase inclui um esquema nacional para apoiar investimentos em 100 MW em instalações solares pequenas de até 2 MW, com a maioria ao redor de 1 MW. Cada uma recebe taxas de eletricidade favoráveis como um incentivo.
Cada megawatt oferece energia para cerca de mil residências e um sistema de 1 MW montado pode custar cerca de US$ 3 milhões, comentou Verma.
A EVI precisaria entre 30 e 40 projetos de pequena escala para alcançar o ponto de equilíbrio. Cada projeto poderia ganhar cerca de 1,2 mil Reduções Certificadas de Emissão (RCEs) por MW anualmente.
A junção de 50 projetos poderia gerar até 75 mil RCEs ao ano, disse Verma, completando que a EVI cobriria os custos do desenho do programa e as taxas de auditoria.
O Programa de Atividades tem como foco o agrupamento de um número quase ilimitado de projetos similares em um único programa, cortando custos de auditoria e oferecendo um incentivo para que tecnologias mais limpas reduzam emissões significativamente.
Traduzido por Fernanda B. Muller, CarbonoBrasil
(Por David Fogarty, Reuters, 17/09/2010)