Ambientalistas estão desde a manhã de nesta terça-feira (21), na Boca Maldita, local usado para manifestações culturais e populares no centro de Curitiba, para um manifesto contra a aprovação do projeto de lei que prevê a flexibilização do atual Código Florestal. A população está assinando o Manifesto de Curitiba contra a Degradação do Código Florestal, documento que será encaminhado às autoridades políticas do Executivo e do Legislativo e aos candidatos às eleições deste ano.
“Nossa perspectiva é colher pelo menos 50 mil assinaturas. A nossa legislação ambiental é respeitada em todo o mundo, não pode sofrer alterações que vão aumentar o desmatamento na Amazônia, em beiras de rio, encostas de morro, enfim, em áreas frágeis, que poderão ser passíveis de desmatamento”, disse o ambientalista Christopher Blum, da organização não governamental (ONG) Sociedade Chauá, que promove o evento, junto com um grupo de estudantes, o Ecoberrantes, e com apoio da Sociedade de Pesquisa em Vida Selvagem e Educação Ambiental.
Eles protestam contra o novo Código Florestal, de relatoria do deputado federal Aldo Rebelo (PCdoB-SP), cuja aprovação resultará, segundo os ambientalistas, em danos irreparáveis aos ambientes naturais e à qualidade de vida da população brasileira.
Dentre as ações para reverter a redução da cobertura florestal no estado, o governo paranaense desenvolve o Programa Mata Ciliar, que tem 110 milhões de mudas plantadas, por mais de 86 mil agricultores.
O Atlas dos Remanescentes Florestais da Mata Atlântica no estado, mostra que o Paraná reduziu o desmatamento de 3.326 hectares, entre 2005 e 2008, para 2.699 hectares no período de 2008 a 2010.
(Por Lúcia Nórcio, Agência Brasil, Envolverde, 21/09/2010)