O Rio Grande do Sul pode enfrentar problemas de abastecimento de energia de curto prazo, entre 2013 e 2015, se não forem feitos investimentos urgentes na área, avaliou o secretário de Infraestrutura e Logística do Rio Grande do Sul, Daniel Andrade. Andrade participou nesta quinta-feira do Fórum de Secretários de Estado para Assuntos de Energia, em Porto Alegre.
O caderno Dinheiro já havia adiantado no domingo que o secretário planeja discutir providências com o Ministério das Minas e Energia a respeito de relatório do Operador Nacional do Sistema (ONS) que menciona "restrições de atendimento à carga da região sul do Rio Grande do Sul", especialmente no verão.
O fórum dos secretários debateu os requisitos energéticos regionais para atendimento das demandas para as cidades-sede da Copa de 2014, além de discutir as perspectivas da energia nuclear no país.
Andrade, que também é presidente do Fórum Nacional de Secretários de Estado (FNSE) apresentou um balanço das ações do FSNE no período de 2009-2010. Segundo Andrade, o país precisará passar por uma grande reformulação no setor para atender a demanda necessária. A previsão aplicação de verbas para o setor no período é de R$ 213 bilhões.
— Precisamos nos conscientizar que temos um curtíssimo prazo, de 2010 até 2019, para preparar uma nova matriz energética para o país— avaliou.
Já o diretor-geral do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), Hermes Chipp, apresentou um quadro animador sobre a situação de Porto Alegre para a realização da Copa de 2014. Segundo Chipp, a cidade está no caminho certo. Existe um grupo de trabalho que atua nas cidades-sede traçando planos de ação e soluções de planejamento para que todas estejam aptas a receber o evento em 2014. Em Porto Alegre, já estão programadas novas subestações de distribuição e novas linhas de transmissão, destacou.
(Zero Hora, 16/09/2010)