A camada de ozônio, o escudo que protege a vida na Terra dos níveis nocivos de radiação ultravioleta, manteve-se estável na última década, conforme estudo elaborado pela Organização Mundial da Meteorologia (OMM) e o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), divulgado nesta quinta-feira.
Por esta avaliação científica sobre a camada de ozônio feita neste ano --a primeira atualização em quatro anos sobre o assunto--, a aplicação do Protocolo de Montreal "impediu um esgotamento maior da camada de ozônio", e ao mesmo tempo "apresentou valiosos benefícios secundários ao mitigar a mudança climática".
O protocolo, que regula o uso do CFC (clorofluorcarboneto), foi aprovado em 1987 por cerca de 200 países.
Os analistas preveem que, exceto nas regiões polares, a camada de ozônio se recupere antes de meados deste século, alcançando os níveis registrados antes de 1980.
Na Antártida, porém, onde o buraco na camada de ozônio é grande, a recuperação será mais demorada e deve ocorrer somente no fim do século 21.
"Na última década, o ozônio em nível global e nas regiões do Ártico e da Antártida não estão mais diminuindo, mas também não estão aumentando", salienta o estudo.
(Folha.com, 16/09/2010)