Para melhor adequar a produção brasileira de etanol às demandas de exportação, pesquisa com a participação do Instituto de Eletrotécnica e Energia (IEE) da USP recomenda o aprimoramento da logística já existente, a criação de alternativas ao transporte rodoviário para escoar o etanol e a melhoria da infraestrutura nas novas áreas produtoras.
Alcoolduto é alternativa a longo prazo para escoar a produção de etanolAs recomendações constam num estudo sobre a logística do etanol no Brasil e nos Estados Unidos. “O país é o principal mercado para o etanol brasileiro, devido a grande demanda”, diz o professor Edmilson Moutinho dos Santos, do IEE, um dos autores do trabalho. “O Brasil, por sua vez, tem grande potencial para exportar o produto. Além disso, no mercado doméstico, precisa reduzir a alternância entre momentos de excesso de produção, quando os preços do etanol têm se descolado em demasia em relação aos preços da gasolina, e escassez de combustível, de modo a manter um maior equilíbrio nos preços relativos dos combustíveis.”
De acordo com a pesquisa, tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos, a logística da produção de etanol é voltada para o mercado interno. A crise financeira internacional a partir de 2008 reduziu tanto as perspectivas de aumento da produção brasileira para exportação quanto de aquisição do combustível pelos Estados Unidos. “Portanto, os investimentos em logística para exportação de etanol devem ser realizados com sabedoria e parcimônia, evitando-se investimentos excessivos e buscando-se otimizar a utilização da infraestrutura existente”, destaca
(Por Júlio Bernardes, da Agência USP de Notícias, Envolverde, 15/09/2010)