(29214)
(13458)
(12648)
(10503)
(9080)
(5981)
(5047)
(4348)
(4172)
(3326)
(3249)
(2790)
(2388)
(2365)
philip morris indústria do cigarro
2010-09-14 | Tatianaf

A aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) para que a Philip Morris Brasil assuma ativos e contratos com produtores da Alliance One e Universal Leaf Tabacos está fazendo a multinacional agilizar a operacionalização do negócio. O processo que começou por Paraná e Santa Catarina agora está sendo executado no Vale do Rio Pardo, onde ficam os municípios que mais produzem tabaco no Brasil. Os agricultores já estão recebendo acompanhamento técnico de ex-funcionários das fumageiras que agora integram a equipe de orientadores da Philip Morris.

A Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra) acompanha o processo à distância e assegura que a migração de agricultores antes ligados à Alliance e à Universal está ocorrendo de forma tranquila. Orientadores ouvidos pela Gazeta revelam que o trabalho de acompanhamento das lavouras na região pela Philip Morris começou ainda no mês passado. A definição dos produtores que teriam seus contratos repassados para a cigarreira se deu de acordo com a região de cada orientador.

Anunciado no fim de junho, o acordo da Philip Morris com as duas gigantes do beneficiamento de tabaco prevê que a empresa assuma 17 mil contratos de plantio e um conjunto de ativos – incluindo imóveis, carros e equipamentos. O negócio, cujo valor é mantido em segredo, virou símbolo da tendência de verticalização do setor. Até a chegada do grupo JTI ao Brasil – os japoneses compraram duas fumageiras de Santa Cruz no ano passado –, apenas a Souza Cruz fazia desde a produção da semente até a embalagem do cigarro. A partir desta safra a Philip Morris também será responsável por todo o processo de parte de seu volume total de produção.

Há dois anos, em uma transação bilionária, o Altria Grup, controlador da Philip Morris, já havia comprado a UST, dona da Profigen do Brasil. Fundada em Santa Cruz no começo de 1996 a empresa é uma das principais produtoras de sementes de tabaco do mundo. Agora a Philip Morris está começando a cuidar também da produção do tabaco.

O acordo com a Alliance e a Universal fará com que a cigarreira produza em torno de 33 mil toneladas por ano, o equivalente a 25% de sua demanda. Os outros 75% continuarão sendo comprados principalmente das duas fumageiras. Na safra passada as 186 mil famílias produtoras de tabaco colheram, nos três Estados do Sul, 739 mil toneladas, o que gerou uma receita de R$ 4,4 bilhões. A Philip Morris será responsável por aproximadamente 4,5% da produção total do Sul do Brasil.

Saiba mais
A decisão do Cade saiu no fim do mês passado, mas ainda não foi publicada no Diário Oficial da União. O órgão seguiu os pareceres da Secretaria de Acompanhamento Econômico (Seae) e da Secretaria de Direito Econômico (SDE). O entendimento é de que o acordo não comprometerá a concorrência no setor de beneficiamento de tabaco. “Não há, em decorrência da operação, possibilidade de fechamento do mercado”, assinalou a Seae. O Ministério Público Federal também se posicionou a favor do negócio.

A Philip Morris ainda não se manifestou após a aprovação do Cade. Não se sabe, por exemplo, quais prédios estão incluídos no negócio e como se dará a entrega do tabaco produzido pelos 17 mil fumicultores agora integrados à empresa. As entidades ligadas ao produtor acreditam que a aproximação com o fabricante de cigarro pode ser positiva na negociação do preço do tabaco.

(Gazeta do Sul, 14/09/2010)


desmatamento da amazônia (2116) emissões de gases-estufa (1872) emissões de co2 (1815) impactos mudança climática (1528) chuvas e inundações (1498) biocombustíveis (1416) direitos indígenas (1373) amazônia (1365) terras indígenas (1245) código florestal (1033) transgênicos (911) petrobras (908) desmatamento (906) cop/unfccc (891) etanol (891) hidrelétrica de belo monte (884) sustentabilidade (863) plano climático (836) mst (801) indústria do cigarro (752) extinção de espécies (740) hidrelétricas do rio madeira (727) celulose e papel (725) seca e estiagem (724) vazamento de petróleo (684) raposa serra do sol (683) gestão dos recursos hídricos (678) aracruz/vcp/fibria (678) silvicultura (675) impactos de hidrelétricas (673) gestão de resíduos (673) contaminação com agrotóxicos (627) educação e sustentabilidade (594) abastecimento de água (593) geração de energia (567) cvrd (563) tratamento de esgoto (561) passivos da mineração (555) política ambiental brasil (552) assentamentos reforma agrária (552) trabalho escravo (549) mata atlântica (537) biodiesel (527) conservação da biodiversidade (525) dengue (513) reservas brasileiras de petróleo (512) regularização fundiária (511) rio dos sinos (487) PAC (487) política ambiental dos eua (475) influenza gripe (472) incêndios florestais (471) plano diretor de porto alegre (466) conflito fundiário (452) cana-de-açúcar (451) agricultura familiar (447) transposição do são francisco (445) mercado de carbono (441) amianto (440) projeto orla do guaíba (436) sustentabilidade e capitalismo (429) eucalipto no pampa (427) emissões veiculares (422) zoneamento silvicultura (419) crueldade com animais (415) protocolo de kyoto (412) saúde pública (410) fontes alternativas (406) terremotos (406) agrotóxicos (398) demarcação de terras (394) segurança alimentar (388) exploração de petróleo (388) pesca industrial (388) danos ambientais (381) adaptação à mudança climática (379) passivos dos biocombustíveis (378) sacolas e embalagens plásticas (368) passivos de hidrelétricas (359) eucalipto (359)
- AmbienteJá desde 2001 -