O Comando Ambiental da Brigada Militar (CABM) iniciou, na manhã desta sexta-feira (10), a Operação Centauro Queimadas. Conforme o comandante do CABM, coronel Jorge Luiz Agostini, o objetivo é coibir a prática ilegal da queima de vegetação rasteira, utilizada por agricultores como forma de renovar a pastagem para o gado.
A ação acontece na região Nordeste do Estado até a tarde deste sábado (11), especialmente nos municípios de Canela, São Francisco de Paula, Caxias do Sul, Bom Jesus, Cambará do Sul e São José dos Ausentes. Será utilizado um efetivo de 30 policiais militares e 10 viaturas, adequado ao difícil acesso em determinadas propriedades. Haverá apoio de um helicóptero do Batalhão Aéreo da Brigada Militar de Caxias do Sul, de onde será passado para as viaturas o georreferenciamento das áreas em chamas, a fim de que as patrulhas em terra cheguem com precisão e em menor tempo aos locais das queimadas.
De agosto até a última quinta-feira (08), o CABM registrou 65 autuações por queimadas na região Nordeste. No dia 31 de agosto, o coronel Agostini sobrevoou a área e começou a preparar a Operação, devido ao grande número de focos de incêndio vistos da aeronave. "É tarefa do Comando Ambiental proteger a flora e a fauna a ela associada. As florestas e demais formas de vegetação têm papel fundamental na preservação da biodiversidade e do equilíbrio entre os ecossistemas. As queimadas de campos agridem o meio ambiente, eliminando nutrientes do solo, acabando com a vegetação e matando animais silvestres. Vamos coibir esses crimes e intensificar a educação ambiental sobre os prejuízos dessa prática", enfatiza o oficial. Ele também lembra os malefícios causados à saúde, em decorrência da fumaça que se espalha na atmosfera por quilômetros, distantes dos focos de incêndio.
Segundo levantamentos do CABM, com as queimas de campos nativos, a vegetação mais atingida compõe-se de capins diversos, vassouras, gravatás do campo e bordas de matas nativas onde encontram-se araucária, aroeira, bugre, dentre outras espécies. Na fauna, entre os animais encontrados mortos estão, tatus, filhotes de quero-quero, serpentes jararacas, perdizes, perdigões, sapos e lagartos.
(Governo RS, 11/09/2010)