Marcha percorreu cerca de 125 quilômetros entre as cidades de Araguaina e Estreito, onde permanecerão acampados próximo ao canteiro de obras da barragem, aguardando o resultado das negociações com o consórcio responsável pela obra.
De 23 de agosto a 1º de setembro, centenas de atingidos pela barragem de Estreito, localizada entre os estados de Tocantins e Maranhão, fizeram uma marcha para garantia dos direitos no Limite da Propriedade da Terra.
A marcha percorreu cerca de 125 quilômetros entre as cidades de Araguaina e Estreito, onde permanecerão acampados próximo ao canteiro de obras da barragem, aguardando o resultado das negociações com o consórcio responsável pela obra.
Enquanto isso, participam de mutirões para coleta de assinaturas e votação para o plebiscito pelo limite da propriedade da terra, que acontece até o próximo dia 7 de setembro. Durante o percurso da marcha, eles também fizeram coleta de assinaturas, organizaram urnas para votação e organizaram vários debates com as comunidades.
Além dos atingidos organizados no Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), a marcha também conta com a participação e organização do MST, CPT, colônia de pescadores, movimento de direitos humanos e o movimento de mulheres. A Usina Hidrelétrica de Estreito é de propriedade das empresas Suez, Vale, Alcoa e Camargo Corrêa, que conformam o Consórcio Ceste Energia. Diversas famílias atingidas pela obra não têm perspectiva de vida, pois não são reconhecidas pelo Consórcio, entre elas as famílias de pescadores, cerca de 1500 segundo levantamento realizado pelo Ministério de Aquicultura e Pesca.
(EcoAgência, 07/09/2010)