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emissões veiculares emissões de gases-estufa
2010-09-03 | Tatianaf

Está desmistificada a imagem de cidade saúde vendida pelo município de Vitória, mesmo após a instalação de duas grandes poluidoras no seu entorno. Segundo os dados do IBGE, a ilha de Vitória possui mais poluentes no ar do que a cidade de São Paulo, ficando atrás apenas do Distrito Federal, onde, segundo os especialistas, a condição do ar é agravada pelas condições climáticas e as queimadas no seu entorno.

Enquanto algumas cidades avaliadas apresentaram um declínio de concentrações de partículas totais em suspensão (PTS) e partículas inaláveis (PM10), no ar, como foi o caso de São Paulo e Belo Horizonte, Vitória provou na prática que as grandes indústrias instaladas no seu entorno influenciam negativamente, e muito, no quesito qualidade do ar.

Longe de ser a maior frota de veículos do País, Vitória apresenta, segundo o Indicador de Desenvolvimento Sustentável do – Brasil 2010, do IBGE, um nível acima de poluição por PTS e PM10 acima do previsto pelo Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama), de 240 e 150 microgramas por metro cúbico (mg/m3), respectivamente.

As máximas anuais do PTS e do PM10, em 2008, atingiram 717 mg/m³ e 669 mg/m³, enquanto as máximas anuais de São Paulo apontaram a emissão média de 200 mg/m³ para as ambas substâncias.

Esta emissão supera a capacidade da natureza de absorver tais elementos, agrava doenças respiratórias e transporta alto índice de gases tóxicos. Outra conseqüência da poluição em Vitória é a insatisfação do capixaba, obrigado a conviver com a poeira que invade as casas, inclusive em bairros situados nos demais municípios da Grande Vitória.

Além de Vitória, Brasília – que lidera o ranking –, Curitiba também chamou atenção na emissão de poluentes acima dos níveis previstos pelo Conama.

No mesmo período (1995/2008), em Curitiba, a concentração máxima de PTS chegou a 589 mg/m³ e a de PM10 a 420 mg/m³. As partículas inaláveis provocam e agravam doenças respiratórias, além de poderem transportar gases tóxicos. Já no Distrito Federal as máximas anuais de PTS foram de 1200 mg/m³.

“Atmosfera” capixaba
Em audiência pública realizada em março deste ano, na Assembléia Legislativa, a baixa qualidade do ar, classificada como ‘boa’ pelos órgãos ambientais, foi denunciada após inúmeros anúncios de iniciativas privadas para minimizar a poluição na região metropolitana da cidade.

Na ocasião, a reclamação da população era de que, mesmo após a instalação das Wind Fences, pela Vale, e a divulgação de medidas que estavam sendo implantadas pela mineradora, a qualidade do ar não foi alterada. Segundo o ambientalista Kleber Galveas, o único momento em que o capixaba se viu um pouco aliviado foi em meio à crise econômica ocorrida em 2009, quando a empresa foi obrigada a diminuir sua produção.

Além da Vale, também emite poluentes da Ponta do Tubarão a Arcelor Mittal, que, segundo a Associação de Moradores dos Bairros da Grande Vitória, se recusa a instalar aqui os mesmos mecanismos para minimizar a poluição utilizados em suas usinas na Bélgica, França e no Canadá.

Neste sentido, avaliam o Grupo de Apoio ao Meio Ambiente (Gama) e a Associação Capixaba de Meio Ambiente (Acapema), os capixabas continuaram convivendo com um modelo de desenvolvimento prejudicial à população e degradante para a economia capixaba, que fica apenas com o ônus da industrialização.

Segundo os ambientalistas, mesmo com a quantidade de veículos utilizados  em São Paulo, a emissão de poluentes no Estado – através de indústrias transnacionais – é maior, mais prejudicial e degradante para o meio ambiente.

Ao todo, são emitidos pelas empresas poluidoras do Estado, como a Vale, Arcelor Mittal, Aracruz Celulose, Arcelor Mittal Belgo e Samarco, 59 tipos de gases.

Segundo o  professor da Universidade de Vila Velha Edson Fonseca Júnior, já foi constatado o aumento de nascimento de crianças com asma crônica, após o período de industrialização imposto no Espírito Santo.

Segundo o IBGE, no rumo ao desenvolvimento sustentável o País ainda tem um grande percurso a percorrer, inclusive no que diz respeito à qualidade ambiental nos centros urbanos.

(Por Flavia Bernardes, Século Diário, 02/09/2010)


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