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braskem plástico verde
2010-09-02 | Tatianaf

Uma das inaugurações mais aguardadas do setor petroquímico nacional, a da planta de plástico verde (fabricado a partir do etanol da cana-de-açúcar) da Braskem em Triunfo, já tem data: 24 de setembro. O vice-presidente de Petroquímicos Básicos da companhia, Manoel Carnaúba, destaca que a unidade significará uma nova fase para a indústria química. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem agenda no Estado na data e deve participar da inauguração.

O novo complexo do Polo Petroquímico de Triunfo terá capacidade para produzir em torno de 200 mil toneladas ao ano de eteno verde, que serão transformadas pelas próprias plantas da Braskem em outras 200 mil toneladas da resina polietileno verde. Em torno de 2,2 mil trabalhadores participaram da construção do complexo. Carnaúba lembra que as características físicas do produto são semelhantes às do derivado fóssil, mas, no caso da resina verde, como a sua matéria-prima é a cana-de-açúcar, durante o processo de crescimento da planta há a absorção de gás carbônico, o que é uma contribuição para o meio ambiente.

"Com esse produto, o Rio Grande do Sul estará na vanguarda da tecnologia", enfatiza o dirigente. Conforme Carnaúba, em torno de 100 postos de trabalho diretos serão gerados com a nova operação e mais cerca de 200 indiretos. A unidade de eteno verde absorveu um investimento de cerca de R$ 500 milhões e mais R$ 100 milhões foram destinados às plantas de polietileno para aumentar suas capacidades e para que possam trabalhar com o produto.

Carnaúba ressalta que o empreendimento foi construído em aproximadamente 18 meses. Quando a Braskem estudava a implantação da planta verde, Rio Grande do Sul e Bahia disputavam a condição de sede do investimento. O dirigente lembra que a opção pelo Estado deveu-se ao perfil das unidades industriais que a companhia detém no Polo Petroquímico de Triunfo e ao apoio do governo gaúcho. Um dos atrativos apresentados pelo Executivo estadual foi a negociação de créditos de ICMS que a Braskem tinha direito devido a exportações.
De acordo com Carnaúba, inicialmente, o etanol que servirá de matéria-prima será oriundo de outros estados. O álcool chegará por hidrovias (40% do volume), ferrovias (40%) e rodovias (20%).

Futuramente, com o desenvolvimento de uma cadeia produtiva de cana-de-açúcar no Rio Grande do Sul, a companhia também poderá adquirir matéria-prima local. A unidade consumirá cerca de 470 milhões de litros de etanol ao ano.

Empresa projeta faturamento de R$ 30 bilhões em três anos
O faturamento da petroquímica Braskem deve alcançar cerca de R$ 30 bilhões dentro de três anos. Essa é a projeção da companhia, divulgada pelo presidente Bernardo Gradin durante entrevista, na qual falava sobre os investimentos da empresa na área de pesquisa e desenvolvimento (P&D). "Hoje investimos 0,4% do faturamento em pesquisa e, dentro de três anos, esperamos elevar esse número para pelo menos 1%. Falamos em R$ 300 milhões em inovação, pesquisa e desenvolvimento, o que nos colocará como a maior empresa privada investidora nessa área", afirmou o dirigente.

O investimento da Braskem em 2010 deve ficar entre R$ 100 milhões e R$ 120 milhões, ainda de acordo com o executivo. A receita bruta da Braskem em 2009 foi de R$ 19,466 bilhões, mas neste ano já deverá apresentar salto expressivo em decorrência da aquisição da Quattor e da Sunoco Chemicals e da recuperação dos preços internacionais dos produtos petroquímicos. Quando considerados números proforma da Braskem no primeiro semestre deste ano, o faturamento da petroquímica saltou 32% ante o mesmo período do ano passado, para R$ 16,538 bilhões.

O aumento previsto dos desembolsos na área de P&D será acompanhado por um expressivo incremento no número de pesquisadores. "A Braskem hoje tem 250 cientistas e dentro de três anos esse número vai virar 500. Em dez anos, falamos em um total de 1 mil pessoas", diz Gradin.

A empresa também assinou ontem acordo de financiamento com a Finep de RS 100 milhões. O valor será direcionado à área de pesquisa, desenvolvimento e inovação da companhia na área de polímeros. A Braskem aportará como contrapartida R$ 11 milhões no contrato, cujo prazo é de três anos. Este é o maior financiamento já obtido pela Braskem para a área de P&D.

Além do acordo com a Finep, a Braskem firmou parceria com o Laboratório Nacional de Biociências (LNBio). O acerto prevê a instalação de um novo laboratório de desenvolvimento de tecnologias relacionadas aos biopolímeros em Campinas.

(JC-RS, 02/09/2010)


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