(29214)
(13458)
(12648)
(10503)
(9080)
(5981)
(5047)
(4348)
(4172)
(3326)
(3249)
(2790)
(2388)
(2365)
fontes alternativas
2010-09-02 | Tatianaf

Um estudo divulgado nesta quarta-feira pelo Governo indica que 47,2% da energia consumida no país em 2009 foi gerada por fontes renováveis, principalmente hidrelétricas e combustíveis vegetais.

A participação das fontes renováveis na matriz energética brasileira cresceu de 39,3% em 2001 para 47,2% em 2009, segundo o estudo "Indicadores de Desenvolvimento Sustentável de 2010", divulgado hoje pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Por outro lado, o uso de fontes não renováveis como carvão, petróleo e gás caiu de 60,7% para 52,8% no mesmo período.

Entre as não renováveis, as de maior participação em 2009 foram petróleo e seus derivados (37,8%), gás natural (37,8%), carvão mineral e seus derivados (4,8%) e urânio e seus derivados (1,4%).

Quanto ao avanço das fontes renováveis, as maiores contribuições principais foram o aumento do uso do etanol de cana de açúcar, combustível que se transformou no mais usado pelos automóveis particulares do país, que é o maior produtor e exportador mundial.

A participação da cana de açúcar na matriz energética subiu de 10,9% em 2000 para 18% em 2009, acrescenta o relatório.

Também contribuíram para a expansão do uso das fontes renováveis os novos projetos para gerar energia eólica e solar, e o índice pode se elevar ainda mais nos próximos anos, quando começarão a funcionar grandes hidrelétricas em construção, sobretudo a usina de Belo Monte, no Pará.

O estudo acrescenta que, apesar de se tratar de uma energia renovável, a construção de hidrelétricas também pode causar danos, como a inundação de florestas, a mudança do curso dos rios e o deslocamento de centenas de desabrigados, além de alertar sobre os possíveis danos ambientais causados pelo aumento dos cultivos de cana para a produção de etanol.

"É necessário esclarecer que a cana de açúcar exige grandes concentrações de terra e o uso intensivo de agrotóxicos para ser produzida", alerta o especialista Judicael Clevelario Júnior, um dos autores da pesquisa.

De acordo com o IBGE, o crescimento da energia gerada por fontes renováveis está ajudando o Brasil a satisfazer um consumo cada vez maior.

A taxa de consumo de energia por habitante, ainda conforme o relatório, chegou a 50 gigajoules em 2008, a maior na história do país, embora tenha retrocedido até 48,3 gigajoules por habitante em 2009, como consequência da crise mundial.

No entanto, o consumo deve aumentar significativamente este ano, para quando é previsto um crescimento de 7% da economia.

O estudo revelou também que os incêndios florestais e o desmatamento da Amazônia causam 57,9% do total das emissões de dióxido de carbono do país e colocam o país entre os dez maiores emissores de gases do efeito estufa.

A agricultura ficou em segundo lugar entre os maiores emissores de gases poluentes, com 21%, e a energia, em terceiro (16%), graças principalmente ao aumento das fontes não renováveis.

Apesar de o volume de gases poluentes emitido pelo Brasil ter crescido 40% entre 1990 e 2005, o ritmo de aumento das emissões vem caindo.

O volume de gases emitidos cresceu 8,8% entre 1990 e 1994, ao passar de 1,35 bilhão de toneladas de dióxido de carbono equivalentes a 1,48 bilhão. De 2000 a 2005, o aumento foi de 7,3%, ao subir de 2,05 bilhões de toneladas para 2,2 bilhões.

Os incêndios florestais e a devastação da Amazônia também diminuíram, de acordo com o relatório. O número de focos de incêndio caiu 63%, de 188.656 detectados em 2007 para 69.702, em 2009.

A área desmatada por ano na Amazônia caiu 74,1%, de 13.227 quilômetros quadrados em 1997 para 7.088 quilômetros quadrados no ano passado.

(Efe, 01/09/2010)


desmatamento da amazônia (2116) emissões de gases-estufa (1872) emissões de co2 (1815) impactos mudança climática (1528) chuvas e inundações (1498) biocombustíveis (1416) direitos indígenas (1373) amazônia (1365) terras indígenas (1245) código florestal (1033) transgênicos (911) petrobras (908) desmatamento (906) cop/unfccc (891) etanol (891) hidrelétrica de belo monte (884) sustentabilidade (863) plano climático (836) mst (801) indústria do cigarro (752) extinção de espécies (740) hidrelétricas do rio madeira (727) celulose e papel (725) seca e estiagem (724) vazamento de petróleo (684) raposa serra do sol (683) gestão dos recursos hídricos (678) aracruz/vcp/fibria (678) silvicultura (675) impactos de hidrelétricas (673) gestão de resíduos (673) contaminação com agrotóxicos (627) educação e sustentabilidade (594) abastecimento de água (593) geração de energia (567) cvrd (563) tratamento de esgoto (561) passivos da mineração (555) política ambiental brasil (552) assentamentos reforma agrária (552) trabalho escravo (549) mata atlântica (537) biodiesel (527) conservação da biodiversidade (525) dengue (513) reservas brasileiras de petróleo (512) regularização fundiária (511) rio dos sinos (487) PAC (487) política ambiental dos eua (475) influenza gripe (472) incêndios florestais (471) plano diretor de porto alegre (466) conflito fundiário (452) cana-de-açúcar (451) agricultura familiar (447) transposição do são francisco (445) mercado de carbono (441) amianto (440) projeto orla do guaíba (436) sustentabilidade e capitalismo (429) eucalipto no pampa (427) emissões veiculares (422) zoneamento silvicultura (419) crueldade com animais (415) protocolo de kyoto (412) saúde pública (410) fontes alternativas (406) terremotos (406) agrotóxicos (398) demarcação de terras (394) segurança alimentar (388) exploração de petróleo (388) pesca industrial (388) danos ambientais (381) adaptação à mudança climática (379) passivos dos biocombustíveis (378) sacolas e embalagens plásticas (368) passivos de hidrelétricas (359) eucalipto (359)
- AmbienteJá desde 2001 -