A Fibria, empresa resultante da união entre Aracruz e VCP, líder mundial na produção de celulose de mercado, completa um ano e já se prepara para retomar os planos de expansão, com base nos resultados positivos dos últimos 12 meses.
Neste primeiro ano de atividade, a Fibria quitou a dívida dos derivativos – episódio da operação com contratos de pagamentos futuros em 2008. A venda da unidade Guaíba (RS) no fim de 2009, e as emissões de bonds em 2010 foram essenciais nesta estratégia de gestão financeira.
Entre as conquistas do período também está a entrada da Fibria no Novo Mercado, o nível mais elevado de Governança Corporativa da BM&FBovespa, o que coloca a empresa numa posição diferenciada não só no setor de Papel e Celulose, como também entre as empresas com maior peso no índice Ibovespa. A Fibria integra dois importantes índices de sustentabilidade empresarial: o Dow Jones de Sustentabilidade, da Bolsa de Valores de Nova York, e o Indice de Sustentabilidade Empresarial da Bovespa.
Soma-se a isso a operação da unidade de Três Lagoas (MS) a plena capacidade, a maior fábrica de celulose com uma única linha de produção do mundo, com capacidade para produzir 1,3 milhão de toneladas de celulose branqueada de eucalipto por ano. Desde o start up, em março de 2009, a unidade vem batendo recordes de produção constantes, assim como as fábricas da Unidade Aracruz (ES).
Integração e crescimento
Para Carlos Aguiar, presidente da companhia, “neste primeiro ano de atividades, nosso foco foi na integração e no estabelecimento das prioridades que irão pautar nossa trajetória de crescimento sustentável nos próximos anos”.
Com um cenário econômico global favorável e o mercado internacional de celulose aquecido, a Fibria retoma a trajetória de crescimento aumentando sua base florestal, com o objetivo de antecipar o projeto de implantação de uma segunda fábrica em Três Lagoas, com capacidade anual de 1, 5 milhão de tonelada, de 2016 para 2014. O projeto demandará investimentos da ordem de R$ 5,8 bilhões e o processo de licenciamento socioambiental já foi iniciado.
Em março, a Fibria já havia retomado o plantio do eucalipto em áreas do Espírito Santo, Bahia e Minas Gerais. Serão 19 mil hectares de reforma de florestas e 21 mil de rebrota. Está previsto também o plantio de 2.700 hectares com mudas de espécies nativas em áreas de preservação e reserva legal.
A Fibria também anunciou a revitalização da Unidade Aracruz, com investimento de R$ 100 milhões na otimização de uma linha de branqueamento da fábrica A, que resultará em equipamentos novos, processos modernizados e menor custo de produção. Durante o projeto a geração de oportunidades de trabalho chegará a 1000 empregos, no pico da obra. Chamado de Revit-A, o projeto ainda trará benefícios ambientais.
A Fibria promoveu a revisão e a unificação dos programas de fomento florestal. No Espírito Santo e na Bahia, a empresa retomou a contratação de aproximadamente 10 mil hectares de plantios com produtores rurais. Em julho de 2010, a empresa lançou o Poupança Florestal no interior de São Paulo (regiões do Vale do Paraíba e Bragantina). Os novos contratos somam-se aos 3.863 contratos de fornecimento de madeira com produtores rurais distribuídos em sete estados, correspondentes a uma área total de quase 115 mil hectares, que a empresa possuía no final de 2009.
No Rio Grande do Sul, onde a empresa atua com Poupança Florestal, a Fibria lançou a certificação do Programa Floresta à Mesa, iniciativa pioneira de validação do manejo sustentável de culturas integradas ao eucalipto.
Sustentabilidade
Líder global em um negócio baseado em recursos florestais renováveis, a Fibria desde o começo, assumiu no enunciado de sua missão, visão e valores, o compromisso com as melhores práticas de governança e responsabilidade socioambiental.
Para expressar esse compromisso, a empresa realizou, entre setembro e dezembro de 2009, um plano de ação denominado “Plano de 100 Dias”. A maioria das ações se concentrou na base florestal, principalmente no maior envolvimento com as diversas comunidades vizinhas. Como resultado, a Fibria obteve a certificação florestal da Unidade Três Lagoas pelo FSC que agora tem dupla certificação, pois já estava certificada pelo Cerflor. As florestas do ES e BA entraram em processo de preparação e planejamento para a certificação FSC.
A base florestal da empresa totaliza 1,04 milhão de hectares, dos quais 393 mil são destinados à preservação permanente. No Espírito Santo, a Fibria mantém três reservas particulares de Patrimônio Natural (RPPN). A RPPN Restinga de Aracruz (conhecida por ser uma das únicas áreas conservadas de restinga arbórea do litoral Norte do Estado), Mutum Preto e Recanto das Antas. Em 2009, foram protocolados requerimentos de reconhecimento de mais três RPPNs nos biomas Mata Atlântica (São Sebastião do Ribeirão Grande/SP; Torrinhas/RS; e Esperança do Beija-Flor/BA).
Ainda em sustentabilidade, entre as inúmeras iniciativas neste primeiro ano de atividades, destacam-se a criação do Comitê de Sustentabilidade, formado por conselheiros externos cujo objetivo é criar valores a todas as áreas de atuação da empresa.
A Fibria também divulgou o primeiro relatório de Sustentabilidade, apresentando os desafios e realizações da empresa nos aspectos econômico-financeiros, sociais e ambientais. O documento segue o modelo da Global Reporting Initiative (GRI), organização que é a principal referência mundial em metodologia e que estabelece os princípios de exatidão, clareza, inclusão de partes interessadas e materialidade, entre outros.