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gás ozônio emissões de gases-estufa
2010-09-02 | Tatianaf

A análise do relatório de Indicadores de Desenvolvimento Sustentável (IDS) - Brasil 2010, divulgado nesta quarta-feira (1º) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) indica que os níveis dos principais poluentes têm se mantido estáveis nas grandes cidades do país, com exceção do ozônio, que ainda é encontrado em altas concentrações.

As regiões em que a concentração anual máxima foi maior em 2008, segundo o levantamento, foram Belo Horizonte (300 g/m³), São Paulo (279 g/m³) e Rio de Janeiro (233 g/m³), respectivamente. O padrão considerado aceitável pelo Conama (Conselho Nacional de Meio Ambiente) é 160 g/m³.

O ozônio é um forte oxidante, que provoca irritação das mucosas e das vias respiratórias. Ele é gerado, na baixa atmosfera, por reações fotoquímicas entre óxidos de nitrogênio e compostos orgânicos voláteis, oriundos da queima de combustíveis fósseis. Segundo o IBGE, é um poluente de difícil controle, por causa do aumento da frota de veículos automotores nas grandes cidades brasileiras.

Máxima concentração anual de ozônio em algumas regiões metropolitanas
Ano  Belo Horizonte  Curitiba  Porto Alegre  Rio de Janeiro  Salvador (Camaçari)  São Paulo  Vitória
2000  142  383  ...  115  402  314  ...
2001  123  347  ...  152  1.960  350  132
2002  140  252  164  264  272  334  132
2003  200  192  146  177  1.081  314  141
2004  194  205  133  147  97  280  148
2005  223  208  163  300  125  390  148
2006  162  188  168  345  111  280  139
2007  179  195  195  604  111  361  138
2008  300  188  220  233  140  279  125

Outros poluentes
Segundo o IBGE, a concentração de outros poluentes, como o dióxido de enxofre (SO2), o dióxido de nitrogênio (NO2) e o monóxido de carbono (CO), tem se mantido estável ou em declínio.

Ao contrário do observado para SO2 e NO2, no entanto, as concentrações anuais médias de partículas totais em suspensão (PTS) e de partículas inaláveis (PM10) em algumas regiões metropolitanas estão bem acima do padrão do Conama, como é o caso de Curitiba e Vitória. No caso do Distrito Federal, os elevados valores de PTS refletem, provavelmente, as condições climáticas locais e a ocorrência de queimadas no entorno de Brasília durante a estação seca.

O material particulado, especialmente aquele mais fino (PM10), provoca e agrava doenças respiratórias, além de servir como agente transportador de gases tóxicos (adsorvidos à superfície das partículas) para o pulmão e, consequentemente, para a corrente sanguínea.

As informações utilizadas para a elaboração deste indicador foram produzidas pelos Órgãos Estaduais, Secretarias Municipais de Meio Ambiente e instituições privadas.

(UOL, 01/09/2010)


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