Emissão de gases causadores do efeito estufa, como o CO2 (dióxido de carbono), vem desacelerando no Brasil, como apontam os Indicadores de Desenvolvimento Sustentável 2010, divulgados nesta quarta-feira (1º) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Entre 1990 e 1994, o total líquido da emissão dos gases aumentou em 8,8% - de 1,35 bilhão para 1,48 bilhão de toneladas de gás carbônico (CO2). Já de 2000 a 2005, o aumento foi de 7,3% (de 2,05 bilhões para 2,20 bilhões de toneladas), o que mostra uma desaceleração na emissão do CO2.
O CO2 é emitido pela queima do carvão (usado para gerar energia nas fábricas, por exemplo) e dos combustíveis fósseis, como a gasolina e o diesel, e também pelo desmatamento, entre outros processos.
Os gases-estufa são necessários para a vida, já que mantém a superfície da Terra aquecida, mas à medida que a concentração deles aumenta na atmosfera, a temperatura tem subido no planeta. Essas substâncias impedem que o calor se dissipe, em algo similar ao que os vidros fazem em uma estufa.
Então o que a comunidade internacional busca agora é um acordo para reduzir as emissões desses gases, em uma tentativa de impedir que a temperatura da Terra aumente muito.
De acordo com o levantamento do IBGE, as atividades relacionadas a mudanças no uso das terras e florestas que incluem os desmatamentos na Amazônia e as queimadas no cerrado - contribuíram com 57,9% do total das emissões de gases de efeito estufa. A agricultura apareceu em segundo lugar, com 480 milhões de toneladas de CO2 21% do total.
As emissões de gás carbônico colocam o Brasil entre os dez maiores emissores dessas substâncias. O setor de produção de energia brasileira contribuiu pouco para essas emissões, de acordo como IBGE, já que a matriz energética no país tem participação forte de hidrelétricas e conta com o uso de biomassa (como lenha e biocombustíveis), oposto do que acontece em grande parte do mundo.
(R7, 01/09/2010)